sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

MARIA SANTISSIMA

                                                                MÃE SANTÍSSIMA



Filha de Joaquim e Ana, morava em Jerusalém, Miriam (nome verdadeiro de Maria), que significa beleza, poder, iluminação.
Aos 15 anos de idade, fica órfã e é acolhida por parentes de seu pai, que a encaminhara ao grupo das virgens de Sião, no templo de Jerusalém.
No templo confeccionava túnicas de seda para as moças, mantos para os sacerdotes, ornamentos, enxovais, pequenos tapetes e, além disso, tocava cítara e cantava os salmos de Davi, em coro, com as demais Jovens.
De raríssima beleza, espírito dócil, Maria era terna e benevolente, sem nenhum tipo de rebeldia. Desde menina tinha visões espirituais, em sonhos, e espíritos diziam-lhe que ela seria rainha do mundo, como a mediadora consagrada para um elevado anjo em missão junto aos homens. Ela não conseguia explicar satisfatoriamente as visões espirituais e os fenômenos incomuns que lhe ocorriam.



José, viúvo, mais velho e pai de cinco filhos, a pediu para esposa. Maria aceitou-o imediatamente, obedecendo assim os conselhos de seus mentores espirituais.

Certa vez, em profundo recolhimento, Maria foi dominada por estranha força espiritual. Situada em ambiente de luzes azuis e róseas, de pronto reconheceu seu anjo da guarda, que lhe disse que ela havia sido escolhida para ser mãe de um espírito iluminado.

Viu seu guia apontar alguém, a seu lado, dizendo-lhe que se tratava do espírito de seu futuro filho (é muito comum que as mães vejam seus filhos em sonhos antes mesmo de serem concebidos).

Aquele contato com Jesus fez Maria recordar-se, por breves instantes, do mundo em que vivia no plano espiritual.

Maria foi contar a José o ocorrido. No entanto, por tratar-se de um homem simples, prudente, avesso a sonhos e fantasias, apenas sorriu, pois todas as mães só esperam príncipes como filhos, e não homens comuns.
Maria não era criatura rude nem vaidosa, era uma mulher terna, humilde e carinhosa. Na comunidade onde vivia era conhecida como “Doce Maria”. Seu coração transbordava de intenso amor por tudo que a cercava. Seu carinho se estendia a todos os seres, mesmo os insetos venenosos e víboras perigosas.

Nascera Jesus e o vira crescer sempre empenhado em realizar coisas boas. Coração justo, compadecia-se das dores alheias. Sem a menor dúvida, Jesus era o filho que toda mãe queria ter, porém ela temia por ele.

Agora estava ela ali, ao pé da cruz, de coração oprimido e angustiado, vendo o filho querido sofrendo as mais terríveis humilhações.

Neste momento de extrema dor, Maria deixa seu pensamento ir ao passado em recordação de todos os momentos, desde o nascimento de seu grande filho.

- Lembra-se da manjedoura e da glória daquela noite.
- Lembra-se de que Jesus, ainda pequeno, dispensava carinho fraterno por todas as criaturas.
- Lembra-se das muitas vezes que, indo procurá-lo, encontrava-o consolando transeuntes desamparados.
- Lembra-se quantas vezes fora visitada por viajantes que queriam adorar seu filhinho.
- Lembra-se de suas peraltices.

- Quantas vezes o vira curvado sobre a serpente, enroladinha na moita ou então afagando o filhote da fera, a qual, em vez de ameaçadora, mostrava-se eufórica sob tal carinho.
- Das ocasiões em que, em dia de matança de animais, Jesus os enxotava para longe e os colocava em segurança.

- Lembra-se de certa vez em que um mago da fenícia, amigo de José, mandava de presente para o menino valiosa ave-rei de magnífico penacho cor de ouro, aprisionado em uma gaiola. O menino da luz recebe o presente, abre a gaiola e, com um sorriso largo, vê o que ganhara do céu livre e feliz.

- Lembra-se do início da sua missão celestial, foram paralíticos que se curavam, cegos que passavam a ver, criaturas famintas de luz que se saciavam.

- Tudo na vida daquele menino era luz.
Pensava: “Que fizera Jesus para merecer tão amargas penas?”.
Neste ponto de suas lembranças, notou que Jesus atingira o limite dos padecimentos.
Vira que ironias eram proferidas a esmo.
Neste momento, alguém lhe toca nos ombros de leve.

Deparou-se, então, com a figura de João, que lhe estendia os braços amorosos e reconhecidos. Maria deixou-se enlaçar pelo discípulo querido e ambos, ao pé do madeiro, buscavam a luz daqueles olhos misericordiosos.

Maria exclamou:
- Meu filho! Meu amado filho!
Jesus, num esforço extremo, levanta a cabeça e, olhando firmemente para Maria e João, diz:

- Mãe, eis aí teu filho.

- Filho, eis aí tua mãe!!!

Maria se entrega a um profundo pranto, pois vira seu amado filho nos seus últimos momentos.

João compreendeu que Jesus havia usado seus últimos momentos para falar da família universal, e agora ele, Maria e os outros deveriam dedicar suas vidas amando o próximo.

Após o desencarne de Jesus, os discípulos se espalharam, cada um foi pregar o Evangelho em regiões diferentes.

Maria foi para Batanéia, onde viveu com alguns parentes próximos.

Os anos se passaram e freqüentemente Maria recebia notícias relativas às perseguições que os discípulos do filho amado estavam recebendo.

João havia se instalado em Éfeso, onde as idéias cristãs ganhavam terreno.

João vai em busca de Maria e lhe diz que as palavras do mestre na cruz lhe agitavam o coração, assim, veio buscá-la e prometia protegê-la.

Maria aceita e vai morar com João em humilde casa ao sul de Éfeso.

Ambos tinham um projeto de trabalhar para os necessitados.

Não demorou muito e a casa de João transformou-se num ponto de assembléias adoráveis. Passaram-se alguns meses e verdadeiras multidões de necessitados os procuravam e eles os atendiam um a um.

Sua choupana era conhecida pelo nome de "Casa da Santíssima".

Esse nome teve origem quando um leproso, depois de aliviado, beija-lhe as mãos e diz:

“Senhora, sois a mãe de nosso mestre Jesus e nossa mãe santíssima”.

A tradição criou raízes em todos os espíritos.

Quando procurada por pessoas desorientadas, abandonadas pela sorte, com seu olhar amoroso e voz doce dizia: “Calma filho, isso também passa".

Atingira a velhice, mas não sentia cansaço nem amarguras.

Em suas suaves meditações buscava sempre a lembrança do filho amado.

As notícias das perseguições chegavam a todo instante. Falava-se que os cristãos eram aprisionados e que seus corpos eram lançados na arena, em dias de festas, como diversão e alimento vivo para as feras.

Certa vez, enlevada em suas meditações, viu aproximar-se o vulto de um pedinte.

Como de praxe, convidou-o a entrar. No entanto, o recém-chegado lhe diz: “Minha mãe, venho fazer-te companhia e receber tuas bênçãos”.

Aquela voz doce lhe era familiar, mas de onde?

O hóspede anônimo lhe estende as mãos e lhe diz: “Minha Mãe, vem aos meus braços”.

Maria vê as mãos do hóspede e observa as chagas que haviam nelas e rapidamente olha também para os pés e vê as úlceras causadas pelos cravos da cruz.

Exclamava: “Meu filho!”.

“Vim buscá-la, minha mãe, pois meu Pai quer que sejas a Rainha dos Anjos...”.

Corpo paralisado, nada pôde dizer.

Quando João retorna de suas obrigações, encontra Maria em seus últimos momentos. Ela apenas aguardava o desligamento dos laços que a prendiam à vida material.

Multidões de entidades angelicais a cercavam, para levá-la ao reino predito por Jesus.

Liberta, antes de partir, Maria quis rever e abraçar aqueles que ficariam. De pronto, passou a visitar todos os lugares por onde andou.

Foi visitar os cristãos encarcerados que aguardavam o momento da morte e observando o desespero deles, aproxima-se de uma jovem e após um abraço passa a intuí-la que cante hinos de glorificação "cante minha filha! Tenhamos bons ânimos!”.




Maria foi conduzida ao reino, onde até hoje trabalha em favor dos necessitados, dos espíritos rebeldes e pelo equilíbrio do mundo.

Um comentário:

  1. Quando olhei esta foto de Maria Santíssima o seu magnétismo me envolveu,algo me dizia que está é a verdadeira face de nossa Mãe ,simples e com um sorriso doce ao nosso coração...

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