quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O QUE É APOMETRIA?


  Apometria é uma técnica de desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. O método é utilizado por pessoas devidamente habilitadas e apresenta sempre resultado eficaz em todos os pacientes. O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com o mundo espiritual. Embora não sendo propriamente uma técnica mediúnica.
Historicamente, a terapia magnética pode ser considerada como uma das mais antigas formas de curar que a Humanidade conheceu.
 
Em “Desobsessão e Apometria”, Vitor Ronaldo Costa orienta que “os fenômenos magnéticos servem de alicerce às manifestações espíritas; e a interligação é tão acentuada que se torna impossível falar de um sem mencionar o outro. Desde tempos imemoriais, o magnetismo humano tem sido o instrumento de excelência, implícito nos procedimentos não ortodoxos, voltado para os campos da cura. A imposição de mãos, com a finalidade de se obter o alívio das dores humanas, tanto era praticado no velho Egito quanto na Palestina contemporânea de Jesus.”
 
A partir do Século XVIII, com o advento da Doutrina Espírita e estudos do médico alemão Franz Mesmer, o magnetismo passou a fundamentar todo o acervo de fenômenos mediúnicos, analisados por Allan Kardec.
 
Dentro desse contexto, falar em fluídos, mediunidade, passe, água fluidificada, preces e irradiações – e, inclusive, em Apometria – é falar em Doutrina Espírita conciliada a técnicas fundamentadas no magnetismo.
 
Para compreender magnetismo, basta entender que, quando duas mentes entram em sintonia - uma de forma ATIVA e outra de forma RECEPTIVA – cria-se uma corrente mental fluídica, cujo efeito permite que o ATIVO exerça influência sobre o RECEPTIVO. Daí, o conceito: Magnetismo é o processo através do qual um indivíduo – na condição de emissor – transmite energias capazes de atuar sobre todos os Corpos Sutis de outro indivíduo; agora na condição de receptor.
 
Trata-se, portanto, de uma transfusão energética, em âmbito psico-físico; e que resulta na troca de elementos vivos e atuantes; representando recurso fundamental no equilíbrio e harmonização do Perispírito.
 
É muito importante lembrar aqui, que o caráter benéfico ou nocivo dessa transfusão energética vai depender da qualidade da vibração, gerada pela força mental empregada pelo emissor.
 
No âmbito da Doutrina Espírita, evidencia-se a tendência de conciliar a prática magnética com o sentimento de religiosidade; embasado nos ensinamentos do Evangelho: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Daí de graça o que de graça recebestes.”
 
Há quem pense, entretanto, que com essas palavras, Jesus estava concedendo a seus discípulos, poderes especiais para operar curas, aparentemente, miraculosas. Puro engano. Ele estava apenas alertando para uma potencialidade adormecida em nós. E que só cabe, unicamente, a nós despertá-la.
 
É importante ressaltar que significativa parte da população sequer imagina ser portadora da faculdade magnética e, por conseqüência, desconhece as propriedades curativas do magnetismo humano; ao alcance daqueles que desejam praticá-lo. Sendo assim, o que Jesus apontou foi essa possibilidade do indivíduo, uma vez imbuído do sentimento de fraternidade e amor incondicional, exercitar a terapêutica magnética, utilizando-se da imposição das mãos.
 
Por outro lado, o daí de graça o que de graça recebestes, vem reafirmar a máxima cristã da Caridade, ou seja, a gratuidade dos benefícios concedidos, em seu nome, através da mediunidade curadora. E quando ao magnetismo curador, Jesus apenas se referiu a algo que já se encontra ao alcance de todos aqueles que manifestam boa vontade e amor ao próximo. Como já vimos, são potencialidades que já possuímos; e que aguardam, apenas, o momento do despertar; através do estudo e da prática; em um compromisso único de doação e amor ao próximo.
 
O estudo teórico, aliado à prática, potencializa o passista no que tange ao conhecimento do magnetismo e seus efeitos; permitindo um melhor direcionamento dessa energia; e contribuindo para o aperfeiçoamento da terapia magnética.
 
 
TONHÃO
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O ESPIRITISMO DESMANCHAS TRABALHOS DE 'MAGIA NEGRA'

O que vem a ser "Magia Negra" na ótica do Espiritismo?
É a transmissão de energias deleuterias de baixissima vibração (negativas), para um objeto usado pela vítima, ou a uma foto, etc, através da força do pensamento amplificado pelas palavra do "feiticeiro", ou ainda de forma direta, atraves da irradiação, e mentalização destas energias negativas.
Cujas consequencias são as seguintes.
1- Dependendo do estado pisicologico em que se encontrar a vítima, naquele momento, poderá haver ou não a sintonia.
2 -se houver a sintonia, o "feitiço" poderá funcionar de duas maneira.
A - ao descarregar-se pela sintonia as energias negativas na Aura da vitima, cria em torno dela um envoltorio de fluídos deleutérios, que lentamente e absorvido pela vítima, envenenando seus atos, atitudes e pensamentos, levando-a a um estado que na doutrina espírita é conhecido por "depressão" (sendo esta apenas uma das cauzas possiveis) que pode  inclusive levar a vitima a óbito.

B - O envoltório fluidico negativo, aliado aos consequentes pensamentos negativos, atrai e facilita a ação de espiritos da pior expécie que poderá levar a vitima a obsessão, com vários graus de agravamento, que podem levar a loucura e a morte! (sendo esta apenas uma das causas possiveis)

O Espiritismo,, não "demancha" este tipo de trabalho, porque sería combater os efeitos e não a causa, nos casos de obsessão, o espiritismo tratará do espírito obesessor e do paciente do mesmo modo em que atua quando a obesessão é por outras causas.
E nos casos de depressão atraves da cura espiritual, da evangelhoterapia, para a expulsão dos fluídos deleutério através da transfuzão de fluidos possitivos e curadores!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DIVALDO FRANCO ARRAZOU!!!!!!!!!!

Falando para mais de 11.000 pessoas no HANGAR,  na capital paraense, o conferencista Espírita Divaldo Pereira Franco, discorreu sobre O FIM DO MUNDO, OS MEDOS E A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA.
 Vale destacar que além da programação cultural que antecedeu o evento, houve também, sessão de autógrafo das obras de DIVALDO FRANCO (lançamento), e de ALBERTO ALMEIDA, provocando imensas filas, durante quase toda a programação.



parte interna do HANGAR



HANGAR






Voluntários do grupo de jovens
Casa do Caminho Icoarací
 
mais espiritas da vila sorriso


Alberto almeida
autografando sua obra


Divaldo Franco
Aoutografando sua obra
mais recente
 
presidente da UEPA acompanhou de perto
a sessão de autografos


EDMILSOM E MACHADO
representantes da casa do caminho Icoaraci





sábado, 9 de junho de 2012

DEUS PERMITE O CASTIGO!

É preciso, porém entender bem, o castigo
analisando-o, frente e verso!
sabemos que nada aqui acontece
sem a permissão, do grande arquiteto do universo
autor soberano da legislação
que pune aos homens em seus excessos


Ao dar porém a cada alma humana
o poder de escolha como faculdade!
Deus, transferiu a cada uma delas
a total responsabilidade!
por todos os seus atos e ações
oriundos da sua própria vontade!

auferindo assim, ônus ou bônus
conforme os próprios erros e acertos afinal
"a cada um segundo a suas obras"
foi a decisão divinal!

É o mau uso que faz do próprio livre-arbítrio
 que faz o homem degenerar
o consolo é que nem tudo estará perdido
quando o homem por si mesmo fracassar!

Pois Deus em sua infinita bondade
sempre irá lhe facultar!
tantas oportunidades quantas forem necessárias
pra que ele possa, recomessar!

P.Moriá

quarta-feira, 6 de junho de 2012

DEUS

Deus é a suprema inteligência
Causa primaria, na verdade.
De tudo o que existe no universo
Desde a mais remota antiguidade

Multiplicaram-se através dos tempos
Entre crentes e ateus
Os mais diversos conceitos
A respeito de Deus

Que por mais complexos que sejam
Profundos da forma que for
Ainda assim são insuficientes
Para expressar, toda a grandeza do criador

Somente o Cristo logrou faze-lo
Com maestria divinal
Ao chamar de “meu pai”
Ao magnifico arquiteto universal!

Este surpreendente designativo
Preenche com eficiência
Todas as lacunas deixadas
Por todas as outras referencias

Deus é nosso pai e criador!
Ser eterno de infinito poder
Causa incausada de tudo
O que já conhecemos, e ainda vamos conhecer!

E o seu infinito amor
Tende cada vez mais, crescer!
Até inundar todos os cantos do universo
Além, de estar presente em nosso ser!


o
P. MORIÁ





sábado, 2 de junho de 2012

CASA CHEIA

Companheiros que promovem a FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA em Ananindeua, trouxeram seus convidados palestrantes, da Paraíba e São Paulo respectivamente, senhor SEVERINO CELESTINO E IVANIR CÁSSIA, para duas importantes palestras, hoje, sábado 02.06.2012, no CENTRO ESPIRITA ACASA DO CAMINHO,Icoaraci no horário das 09:00 as 12:00hs, num evento bastante concorrido principalmente por trabalhadores e dirigentes do   PRIMEIRO C R E, no segundo ano consecutivo desta parceria.
VEMOS ABAIXO ALGUMAS FOTOS ALUSIVAS AO EVENTO
clique em cima da foto para transfor,a-la em poster







quarta-feira, 30 de maio de 2012

MODIFICAÇÃO DA ESTRURA DESDE BLOG

estamos mudando a estrura e direcionamento deste blog, que a partir do mes de junho, será direcionado exclusivamente, para a divulgação da doutrina espirita, sob a direção dos espiritos, APOLONIO DE TIANA E  PADRE MORIÁ.
aguardem!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

UNIFICAÇÃO DO MOVIMENTO ESPÍRITA





Não será pela opinião de homem algum, que se produzirá a unificação, e sim pela unidade das vozes dos espíritos, que militam na doutrina desde a sua fundação.


Como não é também da alçada do homem, segundo o Evangelho testifica, vir um dia a fundar, a ortodoxia espírita.


Tão pouco qualquer espírito, da categoria mais elevada que seja, jamais virá a esta dimensão impor-se, a médiuns de qualquer natureza.


Será sim a universalidade dos espíritos, com as ordens do criador em conformidade, que farão a unificação do movimento espírita, quando for chegada a hora, e a oportunidade!

(Evangelho segundo espirit. introd.)




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

REFLETINDO O MOVIMENTO ESPIRITA


Refletindo sobre a percepção de um espirito a respeito da vida, da natureza ilimitada à qual pertencemos e a forma como olhamos a vida, aos outros e a nós mesmos.
Foi como se caísse uma ficha, pondo à mostra uma das causas das nossas grandes dificuldades evolutivas, tendo em vista que o movimento espírita, portador de tão elevados conhecimentos, deveria estar vivenciando com muito mais intensidade os valores que prega. Para justificar, afirmamos que somos seres humanos como os demais e, portanto, erramos tanto quanto os demais.

Será?

Refletindo mais um pouco, dois pontos me pareceram bem claros.

O primeiro está no fato de sempre termos colocado em primeiro lugar o estudo da doutrina espírita, em detrimento da sua vivência. Em toda parte nos meios espíritas se ouve: “Precisamos estudar mais a doutrina”. Raramente ouvimos: “Precisamos organizar atividades que nos ajudem em nossas transformações interiores”.
Ermance Dufaux disse, com muita propriedade: “Espiritismo na cabeça é informação. No coração é transformação”.
Se as lideranças espíritas tivessem desde sempre se ocupado em desenvolver e incentivar atividades voltadas ao crescimento interior com o mesmo empenho com que têm cuidado do estudo doutrinário, será que hoje não haveria muito mais amorosidade e humildade nos nossos meios?

O segundo ponto a que me referi está no nosso olhar, na forma como vemos a vida e a evolução; em como entendemos dever conduzir nosso crescimento interior.

OBSERVAÇÃO: não confundir crescimento interior com merecimento. O primeiro trata das transformações interiores, da evolução espiritual. O segundo se refere a ações caritativas, a atividades no centro espírita, na divulgação do espiritismo, etc.

Neste segundo ponto duas coisas parecem claras:

a) no afã de buscar autoconhecimento, focamo-nos tanto na identificação das nossas virtudes e mazelas que acabamos por estabelecer parâmetros comparativos para avaliarmos nossa condição evolutiva. Com isso acabamos construindo um olhar crítico e esse olhar não se limita a nós mesmos, porque, mesmo sem perceber, sempre olharemos os outros buscando as comparações de que precisamos para nos orientar. Essa é uma postura que tem gerado uma espécie de competição evolutiva, tanto entre nós mesmos, quanto em relação aos membros de outras crenças.

b) como os nossos esforços evolutivos se assentam sobre o alicerce do autoconhecimento, as ações para nossa reforma interior se estabelecem no sentido de combater as mazelas que vamos encontrando, mas isto é o que há de mais difícil, a ponto de gerar sofrimento e até mesmo dor física, conforme tem sido relatado por alguns companheiros.

Não estará errada esta forma? Não estará aí um dos gargalos da nossa evolução espiritual?

Não acha que seria muito mais produtivo se, ao invés de ficarmos revolvendo nosso interior a procura das mazelas, cuidássemos de iluminá-lo, alimentá-lo com a nutrição do amor e da humildade?

Se as nossas ações são reflexos do nosso ambiente íntimo, mudando o ambiente, as ações e atitudes também mudam.

Então, cuidar dos nossos estados de espírito fica bem mais fácil e menos sofrido que escarafunchar mazelas e lutar contra elas.

Certamente podemos e devemos procurar nos autoconhecer, mas sem cobranças e muito menos envaidecimentos, porém com intuito de nos auto-ajudar.

Em 2005 os benfeitores espirituais nos apresentaram a idéia de uma agenda, focada em estados de espírito. Esse trabalho recebeu o título Agenda Mínima para evoluir. Nessa agenda apresentamos como um dos seus diferenciais a priorização da ação evolutiva a partir dos estados de espírito. Isto é muitíssimo mais fácil do que ficar vigiando cada pensamento, palavra, sentimento e ação. Lembrando também que, apenas praticar ações virtuosas é algo superficial, não muda estruturas, mas desenvolver estados de espírito é trabalhar os valores correspondentes, em sua profundidade.





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS



Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo, através das quais podem indiciar as entidades deliberadamente perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naqueles que os acompanham, em determinadas circunstâncias.
O CONSOLADOR - Emmanuel - 1940

Dentro da Teosofia, C.W.Leadbeater, em seu livro A Clarividencia, afirma existir em alguns seres primitivos (selvagens), comum na África Central, até na Europa Ocidental, desenvolvem um tipo de clarividencia a nível etérico, espontânea, passiva e sem controle. Afirmando que a paranormalidade, está de acordo com o desenvolvimento espiritual de cada ser.

Já no caso dos animais, a paranormalidade, é a nível etérico. Um cão, um gato, ou qualquer outro animal irracional, não possui veículo físico, nem espiritual desenvolvido em suas estruturas para perceber as esferas astrais. Podem pressentir, sentir cheiros, até perceber determinados vultos etéricos, mas não enxergam espiritos, a não ser que esses espiritos se materializem. Allan Kardec no O LIVRO DOS MÉDIUNS, no ítem 236 - Capítulo 21, corrobora com essa afirmação.

A questão da mediunidade nos animais apareceu no tempo de Kardec e foi objeto de estudos e debates na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Tanto os Espíritos,quanto Kardec e a Sociedade Espírita consideraram o assunto como sem fundamento.

O animal pode ser considerado como o último elo da cadeia evolutiva que culmina no homem. Depois da Humanidade inicia-se um novo ciclo da evolução com a Angelitude (Reino Espiritual). Não há descontinuidade na evolução. Tudo se encadeia no Universo, como acentuou Kardec.

A teoria doutrinária da criação dos seres, isto é, a Ontogênese Espírita (do grego: onto é ser; logia é estudo) revela o processo evolutivo a partir do reino mineral até o reino hominal.

Léon Denis a divulgou numa sequência poética e naturalista: “A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem“. Entre cada uma dessas fases existem faixas intermediárias , nas quais o ser guarda características da fase que está deixando, incorporando-se à próxima, sem que esteja plenamente caracterizado. Assim, a teoria espírita da evolução considera o homem como um todo formado de espírito e matéria. A própria evolução á apresentada como um processo de interação entre esses dois elementos.

Cada fase, definida num dos reinos da Natureza, caracteriza-se por condições próprias, como resultantes do desenvolvimento de potencialidades dos reinos anteriores. Só nas zonas intermediárias, que marcam a passagem de uma fase para a outra, existe misturas das características anteriores com as posteriores.

Por exemplo: entre o reino vegetal e o reino animal, há a zona dos vegetais carnívoros; entre o reino animal e o reino hominal, há a zona dos antropóides. A teoria da evolução se confirma na pesquisa científica por dados evidentes e significativos.

A caracterização específica de cada reino define as possibilidades de cada um deles e limita-os em áreas de desenvolvimento próprio. A pedra não apresenta sinais de vida, embora em seu núcleo estrutural intensa atividade esteja se processando nas forças de atração; o vegetal tem vida e sensibilidade, o animal acrescenta às características da planta a mobilidade e os órgãos sensoriais específicos, com inteligência em processo de desenvolvimento. Somente no homem todas essas características dos reinos naturais se apresentam numa síntese perfeita e equilibrada, com inteligência desenvolvida, razão e pensamento contínuo e criador. Mas a mais refinada conquista da evolução, que marca o homem com o endereço do plano angélico (Reino Espiritual) é a Mediunidade. Função sem órgão, resultante de todas as funções orgânicas e psíquicas da espécie, a Mediunidade é a síntese por excelência, que consubstancia todo o processo evolutivo da Natureza. Querer atribuí-la a outras espécies que não a humana é absurdo, uma vez que mediunidade requer processo de sintonia impossível de acontecer no pensamento fragmentado do animal. Por isso, todos os que querem encontrá-la nos animais a reduzem a um sistema comum de comunicação animal, desconhecendo-lhe a essência para só encará-la através dos efeitos.

O ponto de máximo absurdo nessa teoria da mediunidade nos animais é a aceitação de “incorporação” de espíritos humanos em animais.

As comunicações mediúnicas são possíveis somente no plano humano. A Natureza emprega os processos das formas no desenvolvimento das espécies animais e no crescimento das criaturas humanas, sempre no âmbito de cada espécie e segundo as leis das lentas variações da formação dos seres. Jamais o Espiritismo admitiu os excessos de imaginação que o fariam perder de vista as regras do bom senso e a firmeza com que avança na conquista dos mais graves conhecimentos de que a Humanidade necessita para prosseguir na sua evolução moral e espiritual.

As pesquisas parapsicológicas atuais demonstram a percepção extra-sensorial no animal que lhes permite perceber (enxergar, ouvir) vibrações de ondas não passíveis de serem captadas pelo sensório humano.

Certas faculdades dos animais são agudas como a visão na águia e no lince, a do olfato e da audição nos cães, a da direção nas aves e animais marinhos; faculdades estas desenvolvidas na medida das necessidades de sobrevivência de certas espécies.

As nossas faculdades correspondentes são menos acentuadas, porque já possuímos outros meios para aferir a realidade, usando faculdades superiores de que temos maior necessidade no campo da evolução espiritual. A percepção extra-sensorial é muito difundida no reino animal, e os espíritos incumbidos de zelar por esse reino, em certos casos podem excitar suas percepções para atender a circunstâncias especiais. Os casos de animais que se recusam a passar num trecho da estrada porque este é assombrado - segundo lendas, nada tem que ver com a mediunidade. Muitas vezes o animal se recusa porque percebeu não um espírito, mas sim a presença de uma serpente no mato.

Na Revista Espírita, Junho de 1860, pg 179, no artigo - O Espírito e o Cãozinho - é relatado o caso de um cão que percebia a presença do Espírito de seu dono, desencarnado havia pouco. É perguntado ao Espírito do rapaz por que meios o cão o reconhece, e ele responde:

“A extrema finura dos sentidos do cão”.

Posteriormente o Espírito Charles comunica-se explicando:

“A vontade humana atinge e adverte o instinto dos animais, sobretudo dos cães, antes que algum sinal exterior o revele. Por suas fibras nervosas o cão é colocado em relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os homens: percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas reais ou terrenas, e lhes tem muito medo”.

“(...) Acrescentarei que seu órgão visual é menos desenvolvido do que as suas sensações; ele vê menos do que sente; o fluido elétrico o penetra quase que habitualmente”.

Desse modo, compreendemos que o cão percebe a presença de Espíritos, não através da mediunidade, mas através da percepção peculiar acentuada e por ser, em princípio, constituído do mesmo fluido que os Espíritos.

Outros casos comentados são as aparições de animais - fantasmas. Na Revista Espírita - Maio de 1865, pg 125 a 129, é relatada a aparição de uma cachorra chamada Mika.

Será que o princípio inteligente, que deve sobreviver nos animais como no homem, possuiria, em certo grau, a faculdade de comunicação como o Espírito humano?

Posteriormente, é recebida a seguinte comunicação de um Espírito, sobre o assunto (transcrevemos parte dela):

“(...) Assim, a manifestação pode dar-se, mas é passageira, porque o animal para subir um degrau, necessita de um trabalho latente que aniquila, em todos, qualquer sinal exterior de vida. Esse estado é a crisálida espiritual, onde se elabora a alma, perispírito informe, não tendo nenhuma figura reprodutiva de traços (...)“.

“(...) que o animal, seja qual for, não pode traduzir seu pensamento pela linguagem humana, suas idéias são apenas rudimentares; para ter a possibilidade de exprimir-se como faria o Espírito de um homem, ele necessitaria ter idéias, conhecimentos e um desenvolvimento que não tem, nem pode ter. Tende, pois,como certo, que nem o cão, o gato, o burro, o cavalo ou o elefante, podem manifestar-se por via mediúnica. Os Espíritos chegados ao grau da humanidade, e só eles, podem fazê-lo, e ainda em razão do seu adiantamento porque o Espírito de um selvagem não vos poderá falar como o de um homem civilizado”.

As manifestações de fantasmas-animais não são naturalmente conscientes como as de criaturas humanas, mas são produzidas por entidades espirituais interessadas nessas demonstrações, seja para incentivar o maior respeito pelos animais na Terra, seja por motivos científicos.

Continuando nossa análise, recorremos aos capítulos XIX e XXII de O Livro dos Médiuns e juntos, analisemos fatores que nos permitam compreender o papel dos médiuns nas comunicações, excluindo assim a possibilidade dos animais serem médiuns.

Livro dos Médiuns

• cap XIX - Papel dos Médiuns nas Comunicações;

• Cap XXII – Da Mediunidade nos animais, questão 236

”(...) que é um Médium? É o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens, Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja”.

“(...) os semelhantes agem através de seus semelhantes e como os seus semelhantes. Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos, senão os Espíritos, encarnados ou não? (...) o vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio, são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhantes. Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de magnetização mais ou menos vigorosa, que nos permite aos Espíritos e aos encarnados entrar facilmente em relação. Enfim, o que pertence especificamente aos médiuns, à essência mesma de sua individualidade, é uma afinidade especial, e ao mesmo tempo, uma força de expansão particular, que anulam neles toda possibilidade de rejeição, estabelecendo entre eles e nós, uma espécie de corrente ou fusão, que facilita as nossas comunicações. É, de resto, essa possibilidade de rejeição, própria da matéria, que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maior parte dos que não são médiuns”.

“(. ..) o fogo que anima os irracionais, o sopro que os faz agir, mover, e falar na linguagem que lhes é própria, não tem quanto ao presente, nenhuma aptidão para se mesclar, unir, fundir com o sopro divino, a alma etérea, o Espírito em uma palavra, que anima o ser essencialmente perfectível: o homem (...)“.

“(...) não mediunizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. Precisamos sempre do concurso consciente ou inconsciente, de um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais nem na matéria bruta”.

O Sr. T..., diz-se, magnetizou o seu cão. A que resultado chegou? Matou-o, porquanto o infeliz animal morreu, depois de haver caído numa espécie de atonia, de langor, conseqüência de sua magnetização. Com efeito, saturando de um fluido haurido numa essência superior à essência especial da sua natureza de cão, ele o esmagou, agindo sobre ele, embora mais lentamente, à semelhança do raio. Assim, não havendo nenhuma possibilidade de assimilação entre o nosso perispírito e o envoltório fluídico dos animais, propriamente ditos, nós os esmagaríamos imediatamente ao mediunizá-los.

"(...)sabeis que tiramos do cérebro do médium os elementos necessários para dar ao nosso pensamento a forma sensível e apreensível para vós. É com o auxílio dos seus próprios materiais que o médium traduz o nosso pensamento em linguagem vulgar. Pois bem: que elementos encontraríamos no cérebro de um animal? Haveria ali palavras, números, letras, alguns sinais semelhantes aos que encontramos no homem, mesmo o mais ignorante? Entretanto, direis, os animais compreendem o pensamento do homem, chegam mesmo a adivinhá-lo. Sim, os animais amestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los? Não. Concluí, pois, que os animais não podem servir-nos de intérpretes".

Resumindo: os fenômenos mediúnicos não podem produzir-se sem o concurso consciente ou inconsciente dos médiuns, e é somente entre os encarnados, Espíritos como nós, que encontramos os que podem servir-nos de médiuns. Quanto a ensinar cães, pássaros e outros animais, para fazerem estes ou aqueles serviços, é problema vosso e não nosso. – ERASTO”

Assim concluímos ser a Mediunidade uma faculdade natural do Espírito. Querer encontrá-la nos animais significa não entender seu mecanismo, finalidade e função, ignorando-lhe a essência para só encará-la através dos efeitos. Os principais elementos que permitem o desabrochar dessa faculdade só apareceram no homem: a sensibilidade aprimorada ao extremo das possibilidades materiais, o psiquismo requintado e sutil, a afetividade elaborada aos impulsos da transcendência, a vontade dirigida por finalidades superiores, a mente racional e perquiridora , a consciência discriminadora e analítica, o juízo disciplinador e avaliador que avalia a si mesmo, a memória arquivada nas profundezas do inconsciente, o pensamento criador e dominador do espaço e do tempo, a intuição inata de Deus como o selo vivo e atuante do Criador na criatura.

P. MORIÁ