sexta-feira, 20 de maio de 2011

A MÚSICA E O ESPIRITISMO

Ainda sob as benéficas influencias, do trabalho do meu amigo André Luiz, professor de violão do Lar de Sabina, agora também se revelando excelente compositor de musica espírita, publicado na rede social YOU TUBE, resolví fazer algumas reflexões sobre a relação entre a música e o espiritismo.

Muitos questionamentos têm sido aventados quanto à pertinência ou não do uso da música em reuniões espíritas, públicas ou mesmo mediúnicas.
Alega-se, muito frequentemente, se não estaríamos incidindo em práticas ritualísticas comuns a outras correntes religiosas.
Preliminarmente, recorramos à questão 251, de O Livro dos Espíritos, na qual se faz referência aos encantos da música celeste, praticada nas esferas espirituais elevadas, como sendo “tudo o que de mais belo e delicado pode a imaginação espiritual conceber”.
Em Obras Póstumas, Segunda Parte tem o relato de uma jovem musicista, que, conduzida pelos protetores espirituais em estado sonambúlico, mergulha em intenso êxtase, ao sentir a magnífica harmonia celestial.
Alguns anos após, o Espírito André Luiz, em sua obra intitulada Nosso Lar, psicografada por Francisco Cândido Xavier, viria nos oferecer fortes subsídios que confirmariam a imprescindibilidade da música nas atividades desenvolvidas no plano espiritual, principalmente às páginas 67 e 68, onde deparamos com decisiva elucidação acerca da temática ora abordada; vejamos:
”Em plena via pública, ouviam-se, tal qual observara à saída, belas melodias atravessando o ar. Notando-me a expressão indagadora, Lísias explicou fraternalmente: Essas músicas procedem das oficinas onde trabalham os habitantes de "Nosso Lar". Após consecutivas observações, reconheceu a Governadoria que a música intensifica o rendimento do serviço, em todos os setores de esforço construtivo. Desde então, ninguém trabalha em “Nosso Lar” sem esse estímulo de alegria”.
No capítulo 45, daquela mesma obra, o autor espiritual discorre sobre as atividades no “Campo da Música”, aprazível localidade destinada aos mais interessantes exercícios musicais, onde, inclusive, teve a grata oportunidade de maravilhar-se com um belíssimo hino, cantado por duas mil vozes simultâneas.
Ressalte-se, oportunamente, que o Espiritismo há de concorrer decisivamente para o processo de sublimação da música no planeta em que vivemos, como consequência de sua salutar influência na reforma moral dos homens. A propósito, transcrevemos uma interessante orientação, inserida em Obras Póstumas, também na Segunda Parte, na qual o Espírito Rossini, que na Terra foi conhecido compositor lírico italiano, fala-nos sobre a ação que a Doutrina Espírita certamente terá como elemento refinador das composições musicais, tendo assim se expressado:
“O Espiritismo, moralizando os homens, exercerá, pois, grande influência sobre a música.
Produzirá mais compositores virtuosos, que comunicarão suas virtudes através de suas composições. (...)
Por outro lado, os ouvintes que o Espiritismo preparar para receber mais facilmente a harmonia, sentirão verdadeiro encantamento ao ouvir a música séria; desprezarão a música frívola e licenciosa, que seduz as massas”.
Plenamente justificada, então, a utilização da música, em qualquer de suas manifestações, desde que consonante com os objetivos superiores a que nos dediquemos, notadamente no ambiente espírita, guardando-se a devida cautela na seleção das melodias a serem entoadas, de modo a conduzir encarnados e desencarnados a um clima mental satisfatório.
Por extensão, a música far-se-á poderoso e legítimo coadjuvante na condução dos ensinamentos espíritas, seja nas tarefas de evangelização da infância e da juventude; nas preliminares ou encerramento de reuniões públicas e mediúnicas, ou em quaisquer outras ocasiões em que a Doutrina Espírita se apresente.
Deixemo-nos levar, portanto, pelas melodias edificantes que o mundo nos ofereça, ou que as nossas vozes ou instrumentos possam produzir, reconhecendo que, onde quer que se situe a música, desde que sublime, é prece que enleva e enobrece o espírito eterno que todos somos permitindo-nos entrar em estreita comunhão com os planos superiores da expressão espiritual.
P.Moryah.

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