quinta-feira, 31 de março de 2011

EM CONTATO COM O MENTOR


Vocês bem sabem o quanto sou fã das palavras!
Por mim, tudo seria resolvido através de diálogos.
 Aceito todos os tons, admito as lágrimas e até aqueles silêncios que demonstram ansiedade, tensão, nervosismo ou ainda não sei como dizer.... Afinal, também para mim não é fácil, muitas vezes, expor o que estou sentindo, ou o que preciza ser dito.
Mas, por fim, meu lema é: que seja dito o que precisa ser dito, sempre que possível.
No entanto, infelizmente, nem sempre as pessoas estão prontas para falar. Nem todas estão maduras o bastante para a clareza e terminam botando em risco relações preciosas.
Já tive de deixar ambientes aos quais eu gostava muito de frequentar, já tive de romper com pessoas aquém admirava muito! Por conta de incompreensões, e de não saber a quem ouvir se estes, ou a voz amiga que sussurrava aos meus ouvidos, e que até hoje, nunca falhou, nunca me deu um mau conselho.
Aliás, foi neste tempo que descobri que, assim como nem todas sabem falar, muitas também não sabem ouvir, não estão preparadas para isso.
Chegam cheias de defesas e interpretações pré-prontas, ouvindo apenas aquilo que querem. Assim, é bem difícil conversar, porque os resultados ficam sensivelmente comprometidos.
Ou seja, existem ocasiões em que o diálogo se torna inviável.
Nesses momentos, resta-nos apenas uma ferramenta e felizmente, bastante produtiva: nossa “intuição. “
Acontece que, descrentes de seu poder, muitas vezes não damos ouvidos a ela.
Ignoramos o que ela tenta nos dizer e insistimos em acreditar que intuição é bobagem.
De fato, há uma gritante diferença entre ouvir a intuição e ceder às minhocas; e é preciso bastante treino, coragem e atenção para perceber esta diferença, pois a intuição fala sozinha, mas as minhocas falam em coro, confundindo nossa sensibilidade e avacalhando nossa sensatez.
Para mim, intuição é coração, é percepção pura, é contato direto com a espiritualidade, é o alerta do nosso mentor– que não nos deixa seduzir por terceiros, nem ceder aos apelos infantis de nossas neuroses: ciúme, insegurança, apego, etc. Portanto, precisamos nos desintoxicar o máximo possível para ouvirmos a intuição.
Estar só, em silêncio, num estado meditativo, contemplando nossos reais desejos, refletindo sobre o que está acontecendo e o que realmente pretendemos é uma boa maneira de alcançar esta voz interior.
Mas, sobretudo, é preciso acreditar que ela fala...
O que mais vejo são pessoas renegando sua própria intuição, dando bem pouco ou nenhum crédito a ela.
Ficam presas ao que o outro disse (ou não disse) sem considerar o que realmente estão sentindo e percebendo, vendo ou ouvindo.
Sim, porque é muito comum você perceber que algo está acontecendo na sua relação, mas quando tenta conversar com o outro, ele se apressa em negar, afirmando categoricamente que você está enganado e que nada está acontecendo.
Você até tenta se convencer, mas não consegue.
A voz continua sussurrando em seus ouvidos que algo está errado... e aí você não sabe como agir, a quem dar ouvidos.
Minha sugestão é para que você pondere sobre o equilíbrio.
Ouça, sim, a sua voz interior e encare-a como uma ‘luz piscante’, um sinal de alerta.
E deixe o tempo passar um pouco.
Observe os próximos acontecimentos.
Não se agarre definitivamente nem à sua voz e nem à voz do outro. Espere!
Esteja certo de que o próprio ‘andar da carruagem’ se encarregará de dar o diagnóstico: intuição verdadeira ou minhocas!
O objetivo aqui não é provar nada a ninguém, mas apenas sugerir que você não abra mão de sua intuição, não ignore sua inteligência afetiva, o seu amigo espiritual.
Seríamos, certamente, bem mais seguros e teríamos uma autoestima bem mais elevada se confiássemos um pouco mais no que diz o nosso “coração...”

P.Moryah.

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O mediun peixotinho em transe materializa o espirito de ana
1953



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