terça-feira, 20 de abril de 2010

CELIBATO

P.Moryah.
O celibato é o estado da pessoa que, por opção, não contraiu matrimónio seguido ao mesmo tempo da abstinência sexual.

Nem todas as pessoas são portadoras de uma condição moral que lhes dê o suporte para assumir esta condição de vida.

Apenas alguns Espíritos podem assumir esta renúncia sem que isso lhes cause descompensações emocionais.

O celibato, em si mesmo, não é um acto meritório. No entanto, quando a opção é tomada em prol da Humanidade e com fins elevados de utilidade no bem colectivo, isento de egoísmo, o mesmo pode sê-lo.

Há exemplos dentro do movimento espírita que seguem ou seguiram por LIVRE ESCOLHA este caminho, como é o caso de Divaldo Pereira Franco ou Chico Xavier.

Fora desse âmbito temos os casos de pessoas como Irmã Dulce, Maria Teresa de Calcutá ou São Francisco de Assis.

Há inclusive, na área científica, os que renunciaram à vida conjugal em benefício da Humanidade.

Nestes missionários, o fluxo das energias criadoras não se viram estancados, sendo elas dirigidas ou canalizadas para outros objectivos igualmente nobres.

Devemos considerar também o fato de que a união conjugal com base no amor é, em si própria, uma missão de elevado teor.

Para além disto, o casamento, união de fato ou união livre (a cada um lhe cabe a sua escolha) pode fazer parte do panejamento reencarnatório com base em compromissos assumidos, para além da própria família.

Vejamos o caso do codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, que casou com Amélie Gabrielle Boudet.

Ela foi de suma importância no trabalho que Rivail viria a desenvolver, colaborando activamente no trabalho da codificação, sofrendo igualmente perseguições por parte dos “inimigos” do Espiritismo, assumindo posteriormente responsabilidades de elevada importância no movimento espírita.

Entretanto sabemos que não tiveram filhos, situação que facilitaria a dedicação full-time à missão espírita.

O celibato imposto tem levado muitos bons religiosos a abandonar as fileiras do sacerdócio. Outros tornaram-se profundamente infelizes, cedendo por conveniência ou duvidosos interesses a pressões sociais ou familiares. No pior dos casos acabam caindo em desregramentos sexuais, desprestigiando os movimentos religiosos a que se ligaram, causando desarmonia, perturbação e sofrimento nas vítimas que lhes alcançam, e neles próprios.

A imposição de forma geral, tende a não considerar as necessidades íntimas de cada indivíduo.

Além do mais, não só atenta contra as Leis Naturais quando, por efeito, decorre-se o risco de fazer ainda mais vítimas.

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