sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O PAPEL DO DIRIGENTE ESPÍRITA

A função do dirigente espírita, portanto, é da mais alta gravidade diante de Deus.

► "O dirigente espírita nunca deve esquecer que se encontra revestido de um encargo que, embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus".

Esta afirmativa foi feita por Miguel Vives, um missionário que viveu em Barcelona no final do século passado, e que deixou preciosos ensinamentos de como se proceder em relação à direção do centro espírita.

► Dirigir uma casa espírita é tarefa das mais difíceis e requer de quem tem o encargo, além de um entendimento mais amplo das coisas, um profundo senso de responsabilidade.

Sabe-se que não é por acaso que algumas pessoas assumem esse pos to. É corrente no meio espírita a idéia de que ninguém aceita essa tarefa de livre e espontânea vontade, mas levado pelas circunstâncias e por falta de trabalhadores que queiram "sacrificar-se". Por conta desse torto pensamento, em muitas situações o desempenho dessa missão se torna penoso e desgastante.

► Muitos dirigentes chegam mesmo a declarar que estão no cargo apenas por falta de quem o substitua.

Parecem carregar pesado fardo, do qual querem se ver livres o mais rápido possível. Entendemos que os que assim procedem, infelizmente ainda não alcançaram a real compreensão sobre a missão de que estão imbuídos e tampouco a enorme oportunidade de crescimento que lhes foi dada pela Vida.

Nesse grave momento de descontrole por que passa a humanidade, o dirigente espírita deveria buscar compreender a importância do centro espírita. Se não tiver dentro de si os valore s necessários para o cumprimento de sua tarefa, a casa sob sua responsabilidade poderá seguir por caminhos outros que não os dos núcleos onde se vivencia e ensina a mensagem cristã. Se os centros espíritas são a cátedra do Espírito de Verdade, muito mais razão terá quem o dirige de tentar chegar o mais perto possível desse entendimento, a fim de que possam os bons Espíritos efetivamente fazer uso dele, espargindo entre os homens a mensagem de esclarecimento e libertação.

► A função do dirigente espírita, portanto, é da mais alta gravidade diante de Deus.

Pois ele, mais que os outros trabalhadores espíritas, faz o papel do "sal que salga", conforme nos exorta Jesus, no seu inesquecível Sermão da Montanha. Entretanto, o sucesso de sua tarefa administrativa depende do seu preparo em muitos aspectos, primordialmente no campo do conhecimento doutrinário e de sua conduta moral. El e deve ser antes de tudo o espelho, o exemplo que muitos tentarão seguir, a conduta que tantos procurarão imitar. Mas não somos santos, dirão os que vêem nisso um exagero. Decerto que não, mas essa mentalidade de pseudo-humildade é de suspeita modéstia. Esconde também um estado de acomodação bastante favorável para os que não querem esforçar-se em lutar por vencer suas más inclinações.

► Dirigentes há, que exercem um papel para o qual não estão preparados e deixam crescer nos centros espíritas toda sorte de desvios, tanto doutrinários quanto morais, preparando inconscientemente um campo perfeito para a ação nefasta dos Espíritos atrasados.

Diremos mais: serão casas que acabam sendo dirigidas por essas entidades, que sob nomes pomposos se locupletam em mantê-las no atraso, envolvendo as pessoas que ali estão (trabalhadores e freqüentadores), em fantasias, ilusões e fa scinações. Enganam-se os que pensam que tais desvios ocorrem somente em casas mais simples ou menores. Hoje, observam-se essas distorções disseminadas por todo o Movimento Espírita. Os jornais, os folhetos, os programas e eventos espíritas dão exemplo disso a todo instante. Quem tem olhos de ver, que veja.

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