quarta-feira, 2 de junho de 2010

MEDIUNIDADE ESPIRITA

Conforme explica o pesquisador espírita Carlos Alberto, a mediunidade é uma abençoada oportunidade de trabalho que a maioria de nós ou não tem consciência ou não sabe valorizar. Por que não sabe valorizar?

Porque saber valorizar não é somente conhecer os fundamentos teóricos e saber das nossas obrigações. Isso o espírita até sabe. Para se dar valor de que a mediunidade é abençoada oportunidade de trabalho, é preciso se perguntar e responder com sinceridade: O que estou fazendo com esta oportunidade? Qual a prioridade da prática mediúnica em minha vida? Muitas vezes não temos consciência desta abençoada oportunidade de trabalho quando a substituímos por nossos interesses particulares, normalmente interesses ligados à matéria.

Existem vários objetivos para a mediunidade. Objetivos que se adequam à realidade de cada um de nós, de acordo com as nossas necessidades e vivências. Falo no sentido daquilo que cada um de nós pode aprender com a mediunidade. Mas entre os principais objetivos, podemos destacar a possibilidade de sermos mensageiros dos bons espíritos, consolando encarnados e desencarnados na grande prática da caridade, embora o maior trabalho fique sempre por conta dos bons espíritos que são enviados de Deus.

Podemos destacar também a importância da mediunidade nos mostrando, na prática, a nossa realidade de espíritos. Na prática da mediunidade com Jesus, vamos descortinando a nossa realidade espiritual. Vamos convivendo com os espíritos, de forma tão natural e segura, que com o desenvolvimento da fé raciocinada que a doutrina espírita nos ensina fortificamos em nós a idéia da verdadeira vida. Podemos dizer que através da mediunidade, fica patente o enterro definitivo da “morte” conforme nós a conhecemos. Isso não é maravilhoso?

Lembro de uma expressão, de André Luiz: “O serviço aparece quando o trabalhador está pronto”. A idéia é mais ou menos esta. Tudo acontece de acordo com os desígnios de Deus. Basta que observemos a natureza. A flor desabrocha no momento certo. Não é diferente para a mediunidade. Disse nos Jesus: “A ninguém é dado um fardo maior do que as suas costas”. Se somos incumbidos de um mandato mediúnico, é porque no momento em que esta se manifestar, estaremos prontos, exceto nos casos da infância e em alguns casos de adolescência. Por isso devemos nos preparar com o estudo, pois conhecer a mediunidade não é somente para médiuns ostensivos. Conhecer a mediunidade é conhecer sobre a nossa verdadeira realidade, que é a realidade do espírito, da vida espiritual.

Quais as principais causas de fracasso de grupos mediúnicos?

Aquilo que os espíritos nos cansam de ensinar no livro dos Espíritos e no Evangelho Segundo o Espiritismo, principalmente: o orgulho e a vaidade.

O orgulho nos faz pensar sermos mais do que realmente somos. A vaidade oblitera a nossa razão, dando campo a mistificação. Através da vaidade, somos muitas vezes induzidos à fascinação, que consiste em sermos “enganados”, ludibriados pelos espíritos. Estas as questões principais quando falamos de um grupo mediúnico. Mas uma outra questão que não pode deixar de ser lembrada é a falta de estudo. Sem estudo, ficamos a mercê dos enganos. Particularmente, vejo um grande motivo para a falência mediúnica: O materialismo. Não o materialismo de não crer em Deus ou nos espíritos, mas o materialismo que está arraigado na maioria de nós bem disfarçado, que vem com várias desculpas e vários nomes: “Não tenho tempo para ser médium”. Entendemos que tempo será sempre questão de prioridade. “A minha família não permite que eu seja médium”. Quando nos falta obstinação, vontade mesmo. “Não posso ser médium, pois não estou preparado para isso”. Mas não começamos a nos preparar tão cedo. E por aí vamos, nos nossos enganos, nos nossos erros.

Podem, sem dúvida, embora temos visto um grande empenho do plano espiritual em nos conduzir para a mediunidade que atende ao semelhante, encarnado e desencarnado, nas sessões de cura e de desobsessão. Essa pesquisa do mundo dos espíritos é tão válida, que Allan Kardec fez isso e nos deixou uma belíssima obra, chamada “O Céu e o Inferno”. André Luiz nos revela coisas interessantíssimas. Desde que utilizemos a mediunidade com Jesus, e obviamente com uma finalidade útil, entendemos que é realmente lícita esta pesquisa.
Sabemos que a participação em reuniões mediúnicas é algo ao qual não se tem acesso com facilidade. Qual seria o caminho a ser percorrido por um médium recém chegado a doutrina?

O caminho será sempre o do estudo sério. Com raríssimas exceções, mas raríssimas exceções mesmo, um médium deve começar a desenvolver a mediunidade sem ter estudado pelo menos O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. É um erro começar a trabalhar mediunicamente sem:

1) Ter estudado o básico;

2) Ter estudado sobre a mediunidade em si;

3) Ter desenvolvido a mediunidade.

Chegarmos ao centro, espíritas “desequilibrados”, não significa que devamos “sentar a mesa mediúnica” ou levantarmos as mãos nas sessões de passe. Sem equilíbrio interior, o que não deve ser confundido com PERFEIÇÃO, não podemos ajudar a nós mesmos, quanto mais aos semelhantes. No mais, é dar tempo ao tempo nos combates aos vícios morais e materiais.

A prática mediúnica é exclusividade do Espiritismo?

De jeito nenhum. A mediunidade se encontra na natureza do homem encarnado. O simples fato de estarmos encarnados nos torna médiuns. Logo vamos encontrar médiuns ricos, pobres, católicos, protestantes, materialistas. Além do que, a mediunidade existe desde os primórdios da nossa existência. A Bíblia é riquíssima nos relatos da fenomenologia mediúnica. Moisés não proibiu a prática da mediunidade por ela não estar sendo bem utilizada? A doutrina espírita não existia.

A importância da doutrina espírita para a mediunidade é que aprendemos como lidar com ela. É como se fosse todo um código de ética, se assim pudéssemos dizer, escrito, principalmente, em O Livro dos Médiuns e ricamente complementado em centenas de outras obras mediúnicas e porque não dizer de encarnados também.
Algumas casas espíritas estão desativando as atividades de mediunidade de cura, alegando que devem investir na cura do Espírito, e não do corpo. O que pensar sobre essa postura?

Falta de estudo. Por isso insistimos tanto: É preciso estudar, estudar, estudar... É preciso compreender a nossa função quando encarnamos em um mundo material. Sabemos que os males do corpo têm realmente as suas causa no Espírito. Mas fico com o ditado popular: “Saco vazio não para em pé”. Jesus não curou os males físicos? Embora acompanhasse do conselho: “Vá e não peques mais para que mal maior não te suceda”. Certamente que evoluiremos para as questões do Espírito, mas enquanto isso, entendemos que precisamos trabalhar na caridade material, na cura do corpo físico mesmo. Se a pessoa não se modificar, aí é com ela. Distribuamos as dádivas divinas, que dizer, sejamos intermediários das dádivas divinas, que incluem no passe de cura, na ajuda ao corpo físico, abençoado instrumento de trabalho. Não vamos dar um passo maior do que as pernas.

Em O Livro dos Médiuns, item 230,nos é dito que os médiuns exercem influência secundária nas comunicações dos Espíritos. Qual é a medida da importância que se deve dar ao animismo?

De forma geral, vejo uma falta de compreensão para o animismo. Leio muitas matérias condenando o animismo ou chamando-o de “mistificação”. Isso dificulta sobremaneira o desenvolvimento do médium. O animismo é um processo natural, que muitas vezes acontece no desenvolvimento da mediunidade. Arrisco dizer mesmo que faz parte deste processo. A questão não é a importância do animismo, mas a sua correta compreensão.

Dizemos que existe animismo quando o médium utiliza sua bagagem existente como espírito imortal, “consultando seus arquivos”, e “dá” uma mensagem de si mesmo, seja através da psicofonia, seja através da psicografia. Se tratar do assunto com naturalidade, aprenderá a lidar com o animismo, assim como com a sua mediunidade e saberá com o tempo, com o treinamento da mediunidade, distinguir uma de outra coisa. Por isso mais uma vez repetimos, até cansativamente mesmo: “estudar, estudar, estudar...”.

Para encerrar, deixe-nos uma mensagem.

Vamos nos perguntar, com a sinceridade: “O que estou fazendo com a minha mediunidade? O que estou priorizando na minha vida? Se sei que sou médium, o que está faltando para trabalhar com seriedade e afinco? Existe o materialismo dentro de mim?” São questões que somente nós mesmos podemos

Existem vários objetivos para a mediunidade. Objetivos que se adequam à realidade de cada um de nós, de acordo com as nossas necessidades e vivências. Falo no sentido daquilo que cada um de nós pode aprender com a mediunidade. Mas entre os principais objetivos, podemos destacar a possibilidade de sermos mensageiros dos bons espíritos, consolando encarnados e desencarnados na grande prática da caridade, embora o maior trabalho fique sempre por conta dos bons espíritos que são enviados de Deus.

Podemos destacar também a importância da mediunidade nos mostrando, na prática, a nossa realidade de espíritos. Na prática da mediunidade com Jesus, vamos descortinando a nossa realidade espiritual. Vamos convivendo com os espíritos, de forma tão natural e segura, que com o desenvolvimento da fé raciocinada que a doutrina espírita nos ensina fortificamos em nós a idéia da verdadeira vida. Podemos dizer que através da mediunidade, fica patente o enterro definitivo da “morte” conforme nós a conhecemos. Isso não é maravilhoso?


P.MORYAH

2 comentários:

  1. Eu tenho 17 anos e sou medium desde que me conheço por gente. Eu sinto espíritos e energias... frequento casas espíritas e tal. Mas não vou frequentemente e não estudo sobre. Mesmo sabendo que deveria porque várias coisas têm acontecido comigo. Inclusive um espírito que vem em dias aleatórios e sempre de manhã ao meu quarto. E eu estou sempre dormindo, sonhando, derrepente meu sonho vira pesadelo e eu começo a me sentir puxada da cama. Como se fosse o espírito sendo puxado sabe. É uma presença muito ruim e eu ando muito assustada. Não tenho mais vontade de dormir, e mesmo eu pedindo proteção a Deus ele vem. Isso é ruim mas sei lá, eu não penso como muita gente pensa, não acho que Deus deixou isso por deixar. Acho que existe um motivo maior e vou começar a estudar na casa espírita aqui da minha cidade. Porque eu já tentei ler o livro dos médiuns em casa, no computador, mas eu não entendo certas coisas e acho que me concentraria mais num estudo. Seu texto concretizou minha idéia.

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  2. Qerida leitora Andy, voce precisa urgentemente frequentar uma casa espirita, para poder entender, e controlar estes fenômenos. a mediunidade é deus que dá, para dela fazer-mos bon uso, e ninquem pode "retirar" ou "afastar" este dom de voce". Por hora o que voce precisa saber, é que espirito nenhum tem poder para fazer aquilo que voce não quizer fazer, Deus te deu o livre-arbítrio, espíritos bons ou maus, somos nos mesmos que atraimos, com nossos pensamento e atitudes, pense só em fazer o bem, ame o próximo como a voce mesmo, e terás a melhor companhia do mundo espiritual, e não esqueça, sua mais poderosa arma neste momento de incertezas, e a prece!

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