quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A BIBLIA SEM MISTICISMOS


A palavra de Deus não está na Bíblia, mas na natureza, traduzida em suas leis.

A Bíblia é simplesmente uma coletânea de livros hebraicos, que nos dão um panorama histórico do judaísmo primitivo. Os cinco livros iniciais da Bíblia, que constituem o Pentateuco mosaico, referem-se à formação e organização do povo judeu, após a libertação do Egito e a conquista de Canaã.

Atribuídos a Moisés, esses livros não foram escritos por ele, pois relatam, inclusive, a sua própria morte.

As pesquisas históricas revelam que os livros da Bíblia têm origem na literatura oral do povo judeu.

Só depois do exílio na Babilônia foi que Esdras conseguiu reunir e compilar os livros orais (guardados na memória) e proclamá-los em praça pública como a lei do judaísmo, ditada por Deus.

veja se Deus podia ditar aquelas regras de higiene simplória, aquelas impiedosas leis de guerra total, aquelas maldições horríveis contra os que não crêem na "sua palavra".

Essas maldições, até hoje, apavoram as criaturas simples que têm medo de duvidar da Bíblia.

Muitos espertalhões se servem disso e do prestígio da Bíblia como "palavra de Deus", para arregimentar e tosquiar gostosamente vastos rebanhos.

As leis morais da Bíblia podem ser resumidas nos Dez Mandamentos.

Mas esses mandamentos nada têm de transcendentes.

São regras normais de vida para um povo de pastores e agricultores, com pormenores que fazem rir o homem de hoje. Por isso, os mandamentos são hoje apresentados em resumo.

O Espírito que ditou essas leis a Moisés, no Sinai, era o guia espiritual da família de Abrão, Isaac e Jacob, mais tarde transformado no Deus de Israel.

Desempenhando uma elevada missão, esse Espírito preparava o povo judeu para o monoteísmo, a crença num só Deus, pois os deuses da antiguidade eram muitos.

O Espiritismo reconhece a ação de Deus na Bíblia, mas não pode admiti-la como a "palavra de Deus".

Na verdade, como ensinou o apóstolo Paulo, foram os mensageiros de Deus, os Espíritos, que guiaram o povo de Israel, através dos médiuns, então chamados profetas.

O próprio Moisés era um médium, em constante ligação com lave ou Jeová, o deus bíblico, violento e irascível, tão diferente do deus-pai do Evangelho.

Devemos respeitar a Bíblia no seu exato valor, mas nunca fazer dela um mito, um novo bezerro de ouro.

Deus não ditou nem dita livros aos homens.

REFLEXÕES DO DIA
Amai-vos e  instrui-vos,
 é o que a sã doutrina espalha
mas que alguns dirigentes retém
"quém sabe muito atrapalha"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A DOUTRINA ESPIRITA PRECISA DE ATUALIZAÇÃO?

Foi com profunda estranheza, que ouvir em certos grupos de estudos em que participava a algum tempo atrás, se dizer que este ou aquele capitulo do livros dos espíritos, tinha sido escrito no século 18, e em parte já não se aplicava em nossos dias.

"Como dizia J. Herculano Pires, quem acha que o espiritismo deve se atualizar, deve se atualizar primeiro no espiritismo.

Num país de pessoas que se recusam a estudar, a inteirar-se acerca de pontos fulcrais de um determinado assunto, o que se espera é nada mais que isso: propostas completamente sem sentido.

O espiritismo não precisa ser atualizado. Precisa é ser bem compreendido.

Quem se propõe a atualizá-lo não o conhece.

Sim, o espiritismo evolui, Kardec estava convicto disso.

Todavia, evoluir não é menosprezar conceitos que compõem o corpo da doutrina espírita.

“Conceitos esses indispensáveis, pedras de toque contidas nas obras básicas de Kardec, sem os quais se fugiria à essência, à substância do espiritismo.”

" REFLEXÕES DO DIA"

Ofender-se com uma opinião
que alguém possa expressar
no movimento espírita
é caso prá preocupar
pois isto demostra egoísmo
de que ainda não aprendeu a perdoar."

P.Moryah.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"A INFANCIA"

Não conheceis o segredo que as crianças escondem em sua inocência; não sabeis o que são, o que foram, nem o que serão; todavia, as amais, as quereis bem como se fossem uma parte de vós mesmos, de tal modo que o amor de mãe por seus filhos é reputado o maior que um ser possa ter por um outro ser.

De onde provém essa doce afeição, essa terna benevolência que os próprios estranhos sentem para com uma criança? Sabei-o? Não; é isso que vou explicar-vos.

As crianças são os seres que Deus envia em novas existências; e para que não possam lançar-lhes em rosto uma severidade muito grande, deu-lhes todas as aparências da inocência; mesmo numa criança de uma maldade natural, são cobertos seus defeitos com a não-consciência de seus atos.

Essa inocência não é uma superioridade real sobre o que eram antes; é a imagem do que deveriam ser, e se não o são, é unicamente sobre elas que disso recai a pena.

Mas não foi somente por elas que Deus lhes deu esse aspecto, foi também, e sobretudo, pelos seus pais, cujo amor é necessário à sua fraqueza, e esse amor seria singularmente enfraquecido pela visão de um caráter colérico e rude, ao passo que crendo seus filhos bons e dóceis, dão-lhes toda a sua afeição, e os cercam com os mais delicados cuidados. Mas quando as crianças não têm mais necessidade dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dada durante quinze a vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda a sua nudez: permanece bom se era fundamentalmente bom, mas se irisa sempre de nuanças que estavam escondidas pela primeira infância.

Vedes que os caminhos de Deus são sempre os melhores, e que, quando se tem o coração puro, é fácil conceber sua explicação.

Com efeito, pensai bem que o Espírito, das crianças que nascem entre vós, pode vir de um mundo onde tomou hábitos muito diferentes; como quereríeis que fosse ao vosso meio, esse novo ser, que vem com paixões diferentes daquelas que possuis, com inclinações, gostos inteiramente opostos aos vossos; como quereríeis que se incorporasse em vossas fileiras de outro modo do que Deus quis, quer dizer, pela peneira da infância?

Ali se confundem todos os pensamentos, todos os caracteres, todas as variedades de seres engendrados por essa multidão de mundos nos quais crescem as criaturas.

Vós mesmos, em morrendo, vos encontrareis em uma espécie de infância, no meio de novos irmãos; e na vossa nova existência não terrestre, ignorais os hábitos, os costumes, as relações desse mundo, novo para vós; manejareis com dificuldade uma língua que não estais habituado a falar, língua mais viva do que não é hoje vosso pensamento.

A infância tem, ainda, uma outra utilidade; os Espíritos não entram na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, se melhorarem; a fraqueza da juventude toma-os flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência, e daqueles que devem fazê-los progredir; é, então, que se pode reformar seu caráter e reprimir seus maus pendores; tal é o dever que Deus confiou aos seus pais, missão sagrada pela qual terão que responder.

É assim que a infância é, não somente útil, necessária, indispensável, mas, ainda, a conseqüência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo.

REFLEXÕES DO DIA

"Eleições é a nódoa que mancha
o Movimento Espirita atual
a Sã Doutrina não merece
os meios que se estabalece"
para alcançar o objetivo final.

Apolonio de Tiana.






















sábado, 8 de janeiro de 2011

CARNAVAL NA VISÃO ESPIRITA

“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...” – Caetano Veloso.

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval. O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval. Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção Caetano Veloso tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.

“Atrás do trio elétrico também vai quem já morreu...”.

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.

Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval. Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranquilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”. Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.

Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo. O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade, hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

“A carne nada vale”. O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra. Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.

Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.

Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”. Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento. Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.

Processo de loucura e obsessão. As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Esse processo sutil de aliciamento, esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e consequências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação - O Livro dos Espíritos - estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, frequentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.

Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma frequência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a prática da caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apostolo da caridade no Brasil”.

A Doutrina Espírita nem apóia nem condena o Carnaval, o que ela sempre faz é nos esclarecer. O Carnaval é uma festa popular e, como em qualquer outro dia, o importante é buscarmos ficar em equilíbrio e tranquilidade, sem aflições nem excessos. Enquanto muitos se divertem, desequilibradamente, podemos fazer o bem. Se gostamos do carnaval, podemos entrar na festa, mas lembrando que a doutrina nos ensina a manter sempre uma postura moral elevada, independente da ocasião. No mais, para todas as situações da vida, lembremos sempre da recomendação de Paulo de Tarso (I Coríntios 10:23): “Todas as coisas me são lícitas, mas nem tudo me convém; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam”.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMO LIDAR COM MEDIUNIDADE

A mediunidade não é sinal de santificação, nem representa característica divinatória.
 È apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra
Os médiuns se tornam mais responsáveis do que as demais pessoas, por possuírem a prova da sobrevivência que chega a todos por seu intermédio.
A educação da mediunidade possibilita a pessoa ser feliz pelo bem que pode realizar e pelo prazer de experimentar o bem que se recebe.
Todo indivíduo que, conscientemente ou não, capta a presenca de seres espirituais é portador de mediunidade.
Ela surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre a pessoa.
Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não.
Quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem estar envolve o médium.
O exercício correto da mediunidade oferece nenhum perigo a quem quer que seja.

A mediunidade deixada ao abandono pode ser utilizada por entidades perversas ou levianas, que a perturbam, entorpecem ou a tornam um meio de desequilíbrio para o médium e quem o cerca.
Não é o médium, mas sim sua conduta que atrai espíritos bons ou maus.
A mediunidade deve ser exercida com devotamento e modéstia, objetivando a divulgação da verdade.
Não é um compromisso vulgar para exibicionismo barato ou promoção pessoal.

O conforto que proporciona é superior à capacidade de julgamento.

A esperança que faculta é maior que quaisquer palavras.

Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas em jogos vazios do personalismo perturbador. Estas sintonizam-se com espíritos vulgares e irresponsáveis, que os levam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos.
O mau uso da mediunidade pode entorpecê-la ou até mesmo fazê-la desaparecer.

Obstáculos a mediunidade nobre

Tudo que induza à vaidade ou à projeção nos palcos do mundo. Nada de pressa de querer “salvar a humanidade”.
O mercantilismo: induzido por pessoas inescrupulosas e desconhecedoras da finalidade do espiritismo, o médium, resistindo no início aos pagamentos pelos serviços prestados, termina, não raro por aceitá-los, passando à profissional da mediunidade, com alegações banais e sem justificativas. Os mentores amigos se afastam e ele fica à mercê de espíritos inferiores. A venda da mediunidade não se dá exclusivamente mediante a moeda, mas também através de presentes de alto preço, bajulação, destaque, e tudo que exalte o orgulho e a vacuidade do médium.

A interpretação errônea dos objetivos da mediunidade leva o indivíduo a atribuir aos espíritos tudo o que se passa, isentando-se dos deveres e responsabilidades que lhe dizem respeito.

A irregularidade do exercício mediúnico, a inconstância derivada da preguiça, mantém o indivíduo na faixa da mediunidade atormentada, que não progride, é repetitiva, insegura e monótona.

A mistificação mediúnica tem a ver com o caráter moral do médium, que consciente ou não é responsável pelas ocorrências normais e paranormais da sua existência.

O exibicionismo é um dos mais perigosos inimigos do médium.


Educação das forças mediúnicas

Ter atividades na área da caridade ilumina o médium
A oração o fortalece, resguardando das influências prejudiciais, que existem em toda parte, pois dependem da conduta moral dos homens.

Cultivar o silêncio interior e o recolhimento. Eles aguçam as percepções parafísicas.

Vigilância deve se constituir em norma de segurança

O trato com os espíritos impõe prudência, elevação moral, equilíbrio emocional.

A fé sincera, sem estardalhaço nem afetação, a entrega a Deus, com irrestrita confiança e ao seu guia espiritual contribuem para uma educação mediúnica exemplar.


Os médiuns responsáveis são conhecidos pelos seus silêncios e equilíbrio.

Não têm pressa em ganhar fama, nem dela necessitam.

Trabalham para um ideal que não remunera no mundo material.


Sensibilidade mediúnica

Sou instável emocionalmente. Alterno alegria e tristeza, tranqüilidade e tensão. Num dia muito animado, noutro mergulhado na fossa. Pode ser um problema espiritual?

Provavelmente você tem sensibilidade psíquica. Sem saber lidar com ela fica ao sabor dos ambientes e situações que vivencia, como folhas ao vento.

Assimilo influências?

Exatamente. Em ambientes saudáveis, espiritualizados, sente-se bem. Onde há desajuste colhe impressões desagradáveis que alteram seu humor ou impõe-lhe desajustes físicos. Há muita gente nessa condição.

É por isso que fico muito deprimido em velórios?

Você capta as vibrações de desalento da família. Reflete algo de sua angústia.

Também noto que quando me deixo dominar pela irritação perco o controle e tomo atitudes de que me arrependo depois, agindo de forma agressiva. Tem algo a ver?

Em face de sua sensibilidade, sempre que se descontrola assimila correntes vibratórias negativas. Dá vexame.

Nesses momentos eu estou dando uma manifestação de espíritos agressivos?
Mais exatamente é uma manifestação de seu próprio espírito, revivendo estágios de animalidade inferior, sob indução de influências atraídas pelo seu destempero.

O que fazer para livrar-me desse problema?
Compareça às reuniões doutrinárias no centro espírita. Submeta-se à fluido terapia (passes). Estude diariamente “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Cultive a oração. Faça o propósito de renovar-se a cada dia, como lembra uma poesia de Christian Morgenstern:
“És novo em cada momento novo, não sejas, pois servilmente fiel ao velho. Se até hoje teu coração tem estado negro como carvão, tens o poder de torná-lo branco como o quartzo.”


E quanto à minha mediunidade?

Deixe que aconteça naturalmente, a partir de um entrosamento com as atividades do centro.
Mas não é importante desenvolvê-la para alcançar o equilíbrio?

A mediunidade é uma notável ferramenta de trabalho em favor do Bem comum e de nossa própria felicidade. Considere, entretanto, que nosso equilíbrio não está subordinado, ao desenvolvimento de suposta faculdade mediúnica. Depende muito mais do ajuste de nossas emoções, aprendendo a controlar nossa sensibilidade, a fim de que não sejamos dominados por espíritos que dela se aproveitem.


Desenvolvimento Mediúnico

Pessoas perturbadas por influências espirituais devem ser encaminhadas às reuniões de desenvolvimento mediúnico ?
Não. Embora sejamos todos suscetíveis de sofrer a influência dos espíritos, nem todos detemos suficiente sensibilidade que nos habilite a atuar como seus intérpretes.

E se a pessoa vê os espíritos, colhendo fortes impressões relacionadas com sua presença?
Sob tensão ou nervosismo exarcebado há um aguçamento da sensibilidade psíquica que pode disparar fenômenos mediúnicos sem que o indivíduo tenha mediunidade a desenvolver.

E como vamos saber se ele é médium?
Em princípio é difícil, porquanto os sintomas assemelham-se. O assistido experimenta fenômenos mediúnicos por estar tenso e nervoso ou fica tenso e nervoso por experimentar fenômenos mediúnicos.

Qual seria a primeira providência no propósito de oferecer-lhe ajuda?
Encaminhá-lo às reuniões de orientação doutrinária e fluido terapia (passes).

Sua presença num grupo mediúnico não o auxiliaria melhor?
Kardec deixa bem claro, em “O Livro dos Médiuns”, que a reunião mediúnica deve ser reservada às pessoas que conhecem a doutrina espírita. Sustentada pelo apoio vibracional dos participantes, haverá uma harmonização vibratória que não se pode esperar daqueles que não têm nenhuma noção a respeito do assunto.

Mas como fica a pessoa que precisa desenvolver a mediunidade para livrar-se de suas perturbações?

O problema maior do médium é que em princípio ele é controlado pelo fenômeno mediúnico quando o ideal seria controlá-lo. Esse ajuste não depende do exercício mediúnico. Subordina-se, essencialmente, à três fatores: aplicação no estudo, empenho de auto-disciplina, esforço de renovação.

E se o próprio guia do centro encaminha a pessoa para o desenvolvimento mediúnico?

Talvez o guia esteja mal informado. Sua presença em reuniões mediúnicas deve ser precedida de um período de aprendizado em grupos de estudo. Assim adquirirá o conhecimento elementar necessário para uma participação produtiva e disciplinada

. Com critérios tão rígidos não estaremos elitizando a reunião mediúnica?

Somente quem não está familiarizado com o estudo da mediunidade pode defender semelhante idéia. Não se pretende restringir a reunião mediúnica a restrito círculo de iniciados. Qualquer pessoa pode ter acesso ao intercâmbio com o Além, desde que se prepare convenientemente, a fim de que seja capaz de ajudar, ou fatalmente vai atrapalhar.

"A doutrina espírita é como veneno
ou remedio perigoso,
que somente em doses certas
é que se torna "milagroso"

P.Moryah.



































domingo, 2 de janeiro de 2011

MEDIUNIDADE É ISSO!

I. Aqueles que crêem se preservar da ação dos maus Espíritos abstendo-se de comunicações espíritas é como essas crianças que crêem evitar um perigo vendando os olhos.

. Igualmente valeria dizer que é preferível não saber ler nem escrever, porque não se estaria exposto a ler maus livros ou escrever tolices.

II. Quem tem más comunicações espíritas, verbais ou por escritas,ou através de vidência ou audiência está sob má Influência?

Essa influência se exercerá sobre ele, quer permita-se ou não a comunicação com os espíritos!

A comunicação nos dá um meio de se assegurar da natureza dos Espíritos que atuam sobre quem o recebe.

Se o médium estiver bastante fascinado para não compreendê-los, outros podem lhe abrir os olhos.

III. Há necessidade de ser médium para escrever, ver ouvir ou dizer absurdos?

Quem diz que, entre todas as coisas ridículas ou más que se exprime, não ocorre que o médium, está sendo levado por algum Espírito zombeteiro ou malevolente e desempenhe o papel de médium obsidiado sem sabê-lo?(não fosse a comunicação, como iríamos saber?)

IV. Os Espíritos bons, mas ignorantes, confessam sua insuficiência sobre as coisas que não sabem; os maus dizem tudo saber!.

V. Os Espíritos elevados provam sua superioridade por suas palavras e a constante
sublimidade de seus pensamentos, mas deles não se gabam.

Desconfiai daqueles que dizem, com ênfase, estarem no mais alto degrau de perfeição, e entre os eleitos; a fanfarrice, entre os Espíritos, como entre os homens, é sempre um sinal de mediocridade.

P.Moryah.

CENTRO ESPIRITA CAMINHO VERDADE E VIDA

O Centro Espírita Caminho Verdade e  Vida, localizado a rua Soledad na vila sorriso de Icoarací , próximo a entrada do Paracurí  2,  entra no seu mês de aniversário de fundação, e como tema comemorativo, abordará durante as quatro semanas do mês de janeiro o tema "Paulo  Estevão e a casa do caminho", meus parabéns a todos os irmãos que fazem esta casa espírita, hoje em fase de reestruturação.





"Nossa meta deixou de ser
Primar pela quantidade
Nosso esforço é trabalhar
O supra-sumo da qualidade"