quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMO LIDAR COM MEDIUNIDADE

A mediunidade não é sinal de santificação, nem representa característica divinatória.
 È apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra
Os médiuns se tornam mais responsáveis do que as demais pessoas, por possuírem a prova da sobrevivência que chega a todos por seu intermédio.
A educação da mediunidade possibilita a pessoa ser feliz pelo bem que pode realizar e pelo prazer de experimentar o bem que se recebe.
Todo indivíduo que, conscientemente ou não, capta a presenca de seres espirituais é portador de mediunidade.
Ela surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre a pessoa.
Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não.
Quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem estar envolve o médium.
O exercício correto da mediunidade oferece nenhum perigo a quem quer que seja.

A mediunidade deixada ao abandono pode ser utilizada por entidades perversas ou levianas, que a perturbam, entorpecem ou a tornam um meio de desequilíbrio para o médium e quem o cerca.
Não é o médium, mas sim sua conduta que atrai espíritos bons ou maus.
A mediunidade deve ser exercida com devotamento e modéstia, objetivando a divulgação da verdade.
Não é um compromisso vulgar para exibicionismo barato ou promoção pessoal.

O conforto que proporciona é superior à capacidade de julgamento.

A esperança que faculta é maior que quaisquer palavras.

Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas em jogos vazios do personalismo perturbador. Estas sintonizam-se com espíritos vulgares e irresponsáveis, que os levam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos.
O mau uso da mediunidade pode entorpecê-la ou até mesmo fazê-la desaparecer.

Obstáculos a mediunidade nobre

Tudo que induza à vaidade ou à projeção nos palcos do mundo. Nada de pressa de querer “salvar a humanidade”.
O mercantilismo: induzido por pessoas inescrupulosas e desconhecedoras da finalidade do espiritismo, o médium, resistindo no início aos pagamentos pelos serviços prestados, termina, não raro por aceitá-los, passando à profissional da mediunidade, com alegações banais e sem justificativas. Os mentores amigos se afastam e ele fica à mercê de espíritos inferiores. A venda da mediunidade não se dá exclusivamente mediante a moeda, mas também através de presentes de alto preço, bajulação, destaque, e tudo que exalte o orgulho e a vacuidade do médium.

A interpretação errônea dos objetivos da mediunidade leva o indivíduo a atribuir aos espíritos tudo o que se passa, isentando-se dos deveres e responsabilidades que lhe dizem respeito.

A irregularidade do exercício mediúnico, a inconstância derivada da preguiça, mantém o indivíduo na faixa da mediunidade atormentada, que não progride, é repetitiva, insegura e monótona.

A mistificação mediúnica tem a ver com o caráter moral do médium, que consciente ou não é responsável pelas ocorrências normais e paranormais da sua existência.

O exibicionismo é um dos mais perigosos inimigos do médium.


Educação das forças mediúnicas

Ter atividades na área da caridade ilumina o médium
A oração o fortalece, resguardando das influências prejudiciais, que existem em toda parte, pois dependem da conduta moral dos homens.

Cultivar o silêncio interior e o recolhimento. Eles aguçam as percepções parafísicas.

Vigilância deve se constituir em norma de segurança

O trato com os espíritos impõe prudência, elevação moral, equilíbrio emocional.

A fé sincera, sem estardalhaço nem afetação, a entrega a Deus, com irrestrita confiança e ao seu guia espiritual contribuem para uma educação mediúnica exemplar.


Os médiuns responsáveis são conhecidos pelos seus silêncios e equilíbrio.

Não têm pressa em ganhar fama, nem dela necessitam.

Trabalham para um ideal que não remunera no mundo material.


Sensibilidade mediúnica

Sou instável emocionalmente. Alterno alegria e tristeza, tranqüilidade e tensão. Num dia muito animado, noutro mergulhado na fossa. Pode ser um problema espiritual?

Provavelmente você tem sensibilidade psíquica. Sem saber lidar com ela fica ao sabor dos ambientes e situações que vivencia, como folhas ao vento.

Assimilo influências?

Exatamente. Em ambientes saudáveis, espiritualizados, sente-se bem. Onde há desajuste colhe impressões desagradáveis que alteram seu humor ou impõe-lhe desajustes físicos. Há muita gente nessa condição.

É por isso que fico muito deprimido em velórios?

Você capta as vibrações de desalento da família. Reflete algo de sua angústia.

Também noto que quando me deixo dominar pela irritação perco o controle e tomo atitudes de que me arrependo depois, agindo de forma agressiva. Tem algo a ver?

Em face de sua sensibilidade, sempre que se descontrola assimila correntes vibratórias negativas. Dá vexame.

Nesses momentos eu estou dando uma manifestação de espíritos agressivos?
Mais exatamente é uma manifestação de seu próprio espírito, revivendo estágios de animalidade inferior, sob indução de influências atraídas pelo seu destempero.

O que fazer para livrar-me desse problema?
Compareça às reuniões doutrinárias no centro espírita. Submeta-se à fluido terapia (passes). Estude diariamente “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Cultive a oração. Faça o propósito de renovar-se a cada dia, como lembra uma poesia de Christian Morgenstern:
“És novo em cada momento novo, não sejas, pois servilmente fiel ao velho. Se até hoje teu coração tem estado negro como carvão, tens o poder de torná-lo branco como o quartzo.”


E quanto à minha mediunidade?

Deixe que aconteça naturalmente, a partir de um entrosamento com as atividades do centro.
Mas não é importante desenvolvê-la para alcançar o equilíbrio?

A mediunidade é uma notável ferramenta de trabalho em favor do Bem comum e de nossa própria felicidade. Considere, entretanto, que nosso equilíbrio não está subordinado, ao desenvolvimento de suposta faculdade mediúnica. Depende muito mais do ajuste de nossas emoções, aprendendo a controlar nossa sensibilidade, a fim de que não sejamos dominados por espíritos que dela se aproveitem.


Desenvolvimento Mediúnico

Pessoas perturbadas por influências espirituais devem ser encaminhadas às reuniões de desenvolvimento mediúnico ?
Não. Embora sejamos todos suscetíveis de sofrer a influência dos espíritos, nem todos detemos suficiente sensibilidade que nos habilite a atuar como seus intérpretes.

E se a pessoa vê os espíritos, colhendo fortes impressões relacionadas com sua presença?
Sob tensão ou nervosismo exarcebado há um aguçamento da sensibilidade psíquica que pode disparar fenômenos mediúnicos sem que o indivíduo tenha mediunidade a desenvolver.

E como vamos saber se ele é médium?
Em princípio é difícil, porquanto os sintomas assemelham-se. O assistido experimenta fenômenos mediúnicos por estar tenso e nervoso ou fica tenso e nervoso por experimentar fenômenos mediúnicos.

Qual seria a primeira providência no propósito de oferecer-lhe ajuda?
Encaminhá-lo às reuniões de orientação doutrinária e fluido terapia (passes).

Sua presença num grupo mediúnico não o auxiliaria melhor?
Kardec deixa bem claro, em “O Livro dos Médiuns”, que a reunião mediúnica deve ser reservada às pessoas que conhecem a doutrina espírita. Sustentada pelo apoio vibracional dos participantes, haverá uma harmonização vibratória que não se pode esperar daqueles que não têm nenhuma noção a respeito do assunto.

Mas como fica a pessoa que precisa desenvolver a mediunidade para livrar-se de suas perturbações?

O problema maior do médium é que em princípio ele é controlado pelo fenômeno mediúnico quando o ideal seria controlá-lo. Esse ajuste não depende do exercício mediúnico. Subordina-se, essencialmente, à três fatores: aplicação no estudo, empenho de auto-disciplina, esforço de renovação.

E se o próprio guia do centro encaminha a pessoa para o desenvolvimento mediúnico?

Talvez o guia esteja mal informado. Sua presença em reuniões mediúnicas deve ser precedida de um período de aprendizado em grupos de estudo. Assim adquirirá o conhecimento elementar necessário para uma participação produtiva e disciplinada

. Com critérios tão rígidos não estaremos elitizando a reunião mediúnica?

Somente quem não está familiarizado com o estudo da mediunidade pode defender semelhante idéia. Não se pretende restringir a reunião mediúnica a restrito círculo de iniciados. Qualquer pessoa pode ter acesso ao intercâmbio com o Além, desde que se prepare convenientemente, a fim de que seja capaz de ajudar, ou fatalmente vai atrapalhar.

"A doutrina espírita é como veneno
ou remedio perigoso,
que somente em doses certas
é que se torna "milagroso"

P.Moryah.



































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