terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

LIVRO DOS ESPÍRITO, SEQUENCIA NATURAL DA BIBLIA

Foi precisamente a 18 de abril de 1885 , que O Livro dos Espíritos apareceu em Paris, dando início positivo à III Revelação do Cristianismo.

Por mais que os bíblicos literalistas contestem e que as religiões cristãs dogmáticas protestem, há uma verdade que não se pode esconder: o Livro dos Espíritos é sequência histórica e desenvolvimento natural da Bíblia.

Mesmo alguns espíritas não concordam com isto.

Mas, se atentassem melhor para a sua doutrina e examinassem o assunto à luz das obras básicas da doutrina, compreenderiam a verdade.

Kardec afirmou e demonstrou que o Espiritismo é a continuação do Cristianismo.

Veja-se o que ele escreveu a respeito da introdução e no primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Veja-se a sua teoria da Revelação no primeiro capítulo de A GENESE ESPÍRITA.

A I Revelação do Cristianismo foi feita através de Moisés e dos Profetas e codificada na Bíblia.

Esta codificação anunciava a vinda do Messias e, portanto, outra revelação.

Cumprindo a profecia, a II Revelação veio com o Cristo e foi codificada no Evangelhos.

Mas esta codificação anunciava outra vinda, a do Espírito da Verdade, que se manifestou a Kardec e deu-lhe os ensinamentos codificados em O Livro dos Espíritos.

Esta codificação é a da III Revelação, que não anuncia mais nenhuma, porque nela a Revelação Cristã se completa, abrindo definitivamente as portas da mediunidade para o dialogo do Visível com o Invisível.

Estando as portas abertas, a Revelação Cristã flui naturalmente daqui para diante, sem necessidade das divisões históricas do início.

Por isso e para isso é que o Espiritismo não se fecha numa estrutura dogmática e eclesiástica. Kardec afirmou que o Espiritismo é a chave da Bíblia e dos Evangelhos.

Todos os que estudam este problema sem sujeição a dogmatismos e seitas, sabem que não se pode compreender as duas codificações anteriores sem o auxílio da posterior.

Porque a sequencia histórica é também uma sequência lógica.

A Bíblia é a premissa maior do Cristianismo; os Evangelhos são a premissa menor; O Livro dos Espíritos a conclusão.

Essa a razão porque Jesus prometeu que o Espírito da Verdade viria completar e restabelecer os seus ensinos

Negar isto é negar o que ele mesmo disse como vemos no Cap. XIV do Evangelho de Lucas. 32

O que foi e o que é que o  Espírito da Verdade esclarece? O passado em função do presente, e este em função do futuro

- A compreensão espírita em face dos textos antigos e suas dificuldades

. A insistência de alguns confrades no combate ao "biblismo" no meio espírita tem o seu lado louvável.

Também é louvável a insistência dos que combatem o "evangelismo" de tipo protestante, que parece invadir numerosos Centros.

Todo apego aos velhos textos não se justifica, diante dos novos, que nos foram legados por Kardec, sob a orientação do Espírito da Verdade.

O Espiritismo que se enfeita de exageros bíblicos ou evangélicos está nas condições do remendo de pano novo, que se quer aplicar ao pano velho.

Mas isso não quer dizer, evidentemente, que se deva atirar ao lixo o pano velho.

Todo exagero é condenável, por conduzir infalivelmente ao erro.

Consideramos, portanto, errados em sua posição doutrinária, tanto os que condenam a Bíblia como pano velho e imprestável, quanto os que a consideram como "a palavra de Deus". Kardec é o primeiro a nos dar exemplo da atitude que devemos tomar em face da Bíblia.

Basta-nos a leitura dos seus livros, para compreendermos que ele não ia tanto ao mar, nem tanto à terra.

Nisso, como em tudo, sua atitude era sensata, equilibrada, serena, compreensiva e, sobretudo, natural.

O espírita está de posse de uma doutrina que esclarece todos os problemas humanos, que lança uma luz bastante clara sobre a história, e que exatamente por isso não lhe permite atitudes extremadas.

Ali onde os outros não veem senão um aspecto, um lado da coisa analisada, o espírita tem obrigação de ver mais, de enxergar mais fundo.

No caso da Bíblia e do Evangelho essa obrigação se torna ainda maior, pois essas duas codificações referentes a duas revelações que antecederam a espírita, representam fases fundamentais da preparação do Espiritismo.

Temos o direito, e até mesmo dever, de analisar os textos antigos.

Mas não temos o direito de procurar destrui-los ou negá-los.


AS MÍNIMAS DESTE BLOG.

Gosto muito de uma fráse
De um espirito amigo meu
"Aprece é a maior força do homem
E a única  fraqueza de Deus."



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