sábado, 30 de julho de 2011

SINAIS DOS TEMPOS


— Quem quer que haja meditado sobre o Espiritismo e suas consequências e não o circunscreva à produção de alguns fenômenos terá compreendido que ele abre à Humanidade uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes do infinito. Iniciando-a nos mistérios do mundo invisível, mostra-lhe o seu verdadeiro papel na criação, papel perpetuamente ativo, tanto no estado espiritual, como no estado corporal. O homem já não caminha às cegas: sabe donde vem, para onde vai e por que está na Terra. O futuro se lhe revela em sua realidade, despojado dos prejuízos da ignorância e da superstição. Já na se trata de uma vaga esperança, mas de uma verdade palpável, tão certa como a sucessão do dia e da noite. Ele sabe que o seu ser não se acha limitado a alguns instantes de uma existência transitória; que a vida espiritual não se interrompe por efeito da morte; que já viveu e tornará a viver e que nada se perde do que haja ganho em perfeição; em suas existências anteriores depara com a razão do que é hoje e reconhece que: do que ele é hoje, qual se fez a si  — Com a ideia de que a atividade e a cooperação individuais na obra geral da civilização se limitam à vida presente, que, antes, a criatura nada foi e nada será depois, em que interessa ao homem o progresso ulterior da Humanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam mais bem governados, mais ditosos, mais esclarecidos, melhores uns para com os outros? Não fica perdido para ele todo o progresso, pois que deste nenhum proveito tirará? De que lhe serve trabalhar para os que hão de vir depois, se nunca lhe será dado conhecê-los, se os seus pósteros serão criaturas novas, que pouco depois voltarão por sua vez ao nada? Sob o domínio da negação do futuro individual, tudo forçosamente se amesquinha às insignificantes proporções do momento e da personalidade.
Entretanto, que amplitude, ao contrário, dá ao pensamento do homem a certeza da perpetuidade do seu ser espiritual! Que de mais racional, de mais grandioso, de mais digno do Criador do que a lei segundo a qual a vida espiritual e a vida corpórea são apenas dois modos de existência, que se alternam para a realização do progresso! Que de mais justo há e de mais consolador do que a ideia de estarem os mesmos seres a progredir incessantemente, primeiro, através das gerações de um mesmo mundo, de mundo em mundo depois, até à perfeição, sem solução de continuidade! Todas as ações têm, então, uma finalidade, porquanto, trabalhando para todos, cada um trabalha para si e reciprocamente, de sorte que nunca se podem considerar infecundos nem o progresso individual, nem o progresso coletivo. De ambos esses progressos aproveitarão as gerações e as individualidades porvindouras, que outras não virão a ser senão as gerações e as individualidades passadas, em mais alto grau de adiantamento.
Nosso globo está, como todos os outros, sujeito à lei do progresso; progride "fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem" e, de modo paralelo, "moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam"; quando a Humanidade se torna "madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus". As leis de Deus são imutáveis porque Seu pensamento "que em tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém a harmonia em tudo". O Universo é "um mecanismo imensurável" onde atuam incontáveis inteligências subordinadas ao Criador, sob Suas vistas e de acordo com a grande lei de unidade.
Inicia-se para os homens o período em que deverão fazer "que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral". Para tanto é necessário, mais que inteligência, a elevação do sentimento, com a destruição do egoísmo e do orgulho que ainda subsiste. "Trata-se de um movimento universal a operar-se no sentido do progresso moral". Tal movimento causará luta de idéias e não cataclismos materiais.As transformações da Humanidade podem ocorrer de modo gradual, perceptíveis somente após épocas consecutivas, ou mediante crises penosas, dolorosas, que "arrebatam consigo as gerações e instituições, mas são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral". Há mais de dois séculos ocorre esse trabalho de transformação do mundo dos encarnados, com a interação dos desencarnados, "até que haja outra vez estabilizado em novas bases", quando estarão mudados os costumes, caráter, leis, crenças, "numa palavra: todo o seu estado social".Os astros influenciam uns aos outros durante seu movimento de translação pelo espaço, podendo causar perturbações que coincidam "pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos" com os "períodos de renovação da Humanidade", causando fenômenos como tremores de terra e flagelos diversos, sendo interpretados pelos ignorantes como "sinais no céu".
Encontra-se portanto a Humanidade num período de crescimento moral, chegando ao estado adulto, onde a razão amadurece e lhe dá consciência de um destino mais amplo além das limitações da vida corpórea; perscruta o passado e projeta-se no futuro "a fim de descobrir num e noutro o mistério da sua existência e de adquirir uma consoladora certeza".
O Espiritismo "abre à Humanidade uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes do infinito". Leva à certeza na imortalidade da alma, a alternância entre a vida espiritual e a corpórea para a realização do progresso até chegar à perfeição, muito mais digna da justiça do Criador, evidenciando a aberração do pensamento materialista que circunscreve a vida humana em apenas uma existência. Prega a fraternidade assentada na fé racional, ou seja, nos princípios fundamentais: Deus, alma, futuro, progresso individual indefinido, perpetuidade das relações entre os seres.O progresso intelectual já alcançado representa "uma primeira fase no avanço geral da Humanidade", porém a felicidade na Terra somente ocorrerá com o progresso moral, pois, "enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência" "para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais". Então cairão por terra "as barreiras que separam os povos", os antagonismos de seitas, e os homens aprenderão a viver como irmãos unidos numa mesma crença - "fundamento mais sólido da fraternidade universal".Sinais desta transformação já são evidentes com a criação de inúmeras "instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras" propiciando reformas que se consolidarão à medida de uma "predisposição moral mais generalizada", com a predominância da "caridade, fraternidade, benevolência para com todos". A aceitação às idéias espiritualistas em detrimento das materialistas é outro sinal que vem refletir "a necessidade de respirar um ar mais vivificante".
O Espiritismo nasceu no exato momento em que a Humanidade se encontrava cansada da dúvida e da incerteza sendo acolhido pelos homens progressistas "como âncora de salvação e consolação suprema". A velha geração materialista cede lugar à geração nova, cuja madureza promoverá a renovação social, cabendo ao Espiritismo, com sua tendência progressista e poder moralizador, secundar tal movimento de regeneração.

A geração nova

"A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá que transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração". Cada um dos Espíritos "ainda não tocados pelo bem", ao desencarnarem, serão encaminhados a mundos inferiores ou reencarnarão em "raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem", cabendo-lhes transmitir seus conhecimentos a fim de fazê-los avançar. A ordem natural das coisas não será afetada, pois, cada Espírito expurgado será substituído por "um mais adiantado e propenso ao bem".Estando numa época de transição, assistimos ao choque das idéias entre a nova geração, à qual cabe "fundar a era do progresso moral", (cujas características são: inteligência e razão precoces, "sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas"; tendo já progredido, assimilam todas as idéias progressistas) e a velha geração, composta de Espíritos atrasados, revoltados contra Deus, negando-se a "reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos", com propensão instintiva às paixões degradantes, ao orgulho, inveja, ciúme, sensualidade, cupidez, avareza.
Sendo tais vícios "incompatíveis com o reinado da fraternidade", terá a Terra que ficar livre deles, para que os homens caminhem para "o futuro melhor que lhes está reservado".Alguns dos Espíritos retardatários, entretanto, ao retornar ao mundo espiritual individualmente ou de forma coletiva, e sob a influência de "Espíritos benévolos que por eles se interessam", se modificam, passando a estar em condições de reencarnar na Terra "com idéias inatas de fé", encontrando já um meio mais propício ao desenvolvimento de suas faculdades. Com a modificação das disposições morais, opera-se portanto a regeneração da Humanidade, mesmo não havendo a renovação integral dos Espíritos. Portanto, nem sempre os que voltam são novos Espíritos; podem tratar-se dos mesmos, porém com pensamentos e sentimentos modificados.Após grandes choques que dizimam as populações, observam-se modificações que tendem a alterar "profundamente as idéias de um povo ou de uma raça", pela ativação do "movimento progressivo dos Espíritos" encarnados e desencarnados "".Presentemente (Obs: A Gênese de Kardec foi publicada em 1.868) opera-se "um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade".

P.Moryah.


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AGUARDE SENSACIONAL PUBLICAÇÃO DE FOTOS DESTE EVENTO!

 

terça-feira, 26 de julho de 2011

XVI SEMANA ESPIRITA DE ICOARACÍ

                                                        PRIMEIRO CONSELHO REGIONAL ESPIRITA

Entidade que congrega os Centros Espiritas, da Vila de Icoarací e ilha de Outeiro realiza , no Período de 09 a 13 de agosto de 2011 a XVI SEMANA ESPÍRITA, com o tema SINAIS DOS TEMPOS , uma nova era para a humanidade.

Este já tradicional evento , este ano será realizado na ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO ESTADO DO PARA, PROFESSOR FRANCISCO DAS CHAGAS (CACAU), sito a rua Monsenhor José Maria Azevedo, s/n, antiga estrada do matadouro entre quarta e quinta rua da campina. No horário das 19 as 21horas (Icoarací-Belém-Pará).

 ABAIXO O FOLDER COMPLETO










sexta-feira, 22 de julho de 2011

CENÁRIO DE UMA REUNIÃO MEDIÚNICA


A reunião na sua fase teórica desenrola-se sob a explanação do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Os membros da seleta assistência ouvem a lição atentamente.
Sobre a mesa, a água a ser fluidificada e o Evangelho aberto na lição nona do capítulo dez: "O Argueiro e a trave no olho".
Por que vês tu o argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu??
Findos os esclarecimentos, apagaram-se as luzes principais, para que se desse abertura à comunicação dos Espíritos .
Um dos presentes fez a prece e deu-se início às manifestações mediúnicas.
 Pequenas mensagens, de consolo e de apoio, foram dadas aos presentes.
Quando se abriu o espaço destinado à comunicação das entidades não habituais e para os Espíritos
necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia, moça de educação esmerada, traços delicados, de quase trinta anos de idade, dez dos quais dedicados à educação da mediunidade, sentiu profundo arrepio percorrendo-lhe o corpo.
Nunca, nas suas experiências de intercâmbio, tinha sentido coisa parecida.
por uma sacudidela incontrolável, suspirou profundamente e, de forma instantânea, foi "dominada" por um Espírito.
 Letícia nunca tinha visto tal coisa: estava consciente, mas seus pensamentos mantinham-se sob o controle da entidade, que tinha completo domínio da sua psiquê.
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas vindas, em no me de Jesus:
- Seja bem vindo, irmão, nesta Casa de Caridade? - disse-lhe Dr. Anestor..
O Espírito respondeu:
- Zi-boa noite, zi-fio. Suncê me dá licença pra eu me aproximá de seus trabaios, fio??
- Claro, meu companheiro, nosso Centro Espírita está aberto a todos os que desejam progredir?. - respondeu o diretor dos trabalhos.
Os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, Espírito que habitualmente comunica-se em terreiros de Umbanda. A entidade comunicante continuou:
- Vós mecê não tem aí uma cachaçinha pra eu bebê, Zi-Fio??
- Não, não temos? - disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz de terreiros, o de beber bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir. - continuou o dirigente.
- Vós mecê não tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Zi-fio?.
- Ora, irmão, você deve deixar o hábito adquiri do nas sessões de Umbanda, se queres progredir. Que benefícios traria isso a você??
O preto-velho respondeu:
- Zi-preto véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos que aqui estão, não faz uso do cigarro lá fora, Zi-fio?
Suncê mesmo, não toma suas bebidinhas nos fins de sumana?
 Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que bebe whisky, no fim de sumana, do meu Espírito que quer beber aqui?
 Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncê queima na rua, daquele que eu quero pitá aqui dentro??
O dirigente não pôde explicar, mas ainda tentou arriscar:
- Ora, meu irmão, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar o trabalho de Jesus.
O Espírito do preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:
- Caro dirigente, na Escola Espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais Centro Espírita.
Para nós, estudiosos da alma, o verdadeiro templo é o templo do Espírito, e é ele que não deve ser profanado com o uso do álcool e fumo, como vem sendo feito pelos senhores.
 O exemplo que tens dado à sociedade, perante estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores.
O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo.
A lição do próprio comportamento é que é fundamental na vida de quem quer ensinar.
Houve profundo silêncio diante de argumentos tão seguros.
depois, o Espírito continuou:
- Desculpem a visita que fiz hoje e o tempo que tomei do seu trabalho.
 Vou-me embora para o lugar de onde vim, mas antes queria deixar a vocês um conselho: que tomassem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Senhor, tem gente "coando mosquito e engolindo camelo". Cuidado, irmãos, muito cuidado.
Deixo a todos um pouco da paz que vem de Deus, com meus sinceros votos de progresso a todos que militam nesta respeitável Seara.
Deu uma sacudida na médium, como nas manifestações de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisível.
O dirigente ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar daquela forma.
Não houve resposta.
 No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição: lição para os confrades meditarem.

                     
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SESSÕES DE MATERIALIZAÇÃO





sexta-feira, 15 de julho de 2011

evangelização infanto juvenil


Lendo os jornais, observando os problemas do planeta Terra no momento atual começamos a entender a importância da evangelização.
Nos países de primeiro mundo a violência infantil é terrível; nos Estados Unidos, crianças matam amiguinhos e adultos com a mesma facilidade com que trocam de roupa.
A incompreensão da finalidade da existência, a violência estimulada nos filmes e jogos de computador, a falta do diálogo com os pais, são alguns fatores geradores do desequilíbrio dos reencarnantes que, como explica o Livro dos Espíritos, vieram à Terra preparados para a vitória.
Como vamos preparar crianças e jovens para enfrentarem o momento difícil de transição que a Terra atravessa, sem conscientizá-los da necessidade de fazermos ao próximo o que desejamos que o próximo faça?
A conscientização é possível através do estudo das palavras e exemplificação do nosso irmão mais velho Jesus de Nazaré.
O Livro dos Espíritos explica que Jesus é o modelo de homem ideal.
O pensamento de Jesus, a sua paranormalidade excepcional, fruto da evolução espiritual, a sua capacidade de cura, atraem crianças e jovens que meditam então sobre o caminho da ética que conduz o homem ao desenvolvimento da serenidade e da capacidade de amar.
No momento atual encontramos no capítulo de A Gênese: Jesus, milagres e profecias, e nos estudos do Evangelho Segundo o Espiritismo, uma fonte preciosa para o desenvolvimento da auto-imagem positiva indispensável ao crescimento espiritual do homem, para o seu equilíbrio emocional.
O Evangelizador precisa conhecer a Doutrina Espírita.
Amar as crianças, porque educar é um ato de amor.
Compreender as necessidades das crianças.
a) Ser amada; aceita com as suas facilidades e dificuldades.
Basta nos lembrarmos da aceitação do Plano Espiritual Superior, em relação às nossas necessidades.
b) Formar auto-imagem positiva.
 Depende da nossa aceitação da criança e da compreensão dos princípios básicos do Espiritismo, entre os quais a Reencarnação.
 Jesus nos auxilia: sois deuses e luzes.
c) Propiciar os estímulos necessários que desenvolvem a criatividade e a capacidade de análise e crítica construtiva.
Não vale formar papagaios repetidores.
 As tarefas apresentadas na Casa Espírita devem permitir a construção do pensamento da criança em um sentido positivo, na construção da couraça da fé e da caridade do apóstolo Paulo.
d) Desenvolver o bom humor, o otimismo, a alegria saudável e responsável.
 O equilíbrio emocional, que como lembra Daniel Goleman, é tão ou mais importante do que o intelectual.
e) Entender o Evangelho como possibilidade de integrar a criança, o jovem e o maduro, como peça útil numa sociedade necessitada.
Formar, como lembra José Herculano Pires, elementos indutores ao progresso.
f) Desenvolver a compreensão das palavras de Paulo sobre a Caridade, única forma de transformarmos a nossa sociedade para melhor.

Conclusão: A Evangelização na Casa Espírita dentro destas perspectivas vai desenvolver, como queria Kant, as perfectibilidades do indivíduo: as potencialidades, como explica o Espiritismo
Vai fazer surgir o “Homem de bem” do Evangelho Segundo o Espiritismo”...

P.Moryah.



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energia  captada em um cemitério






espirito em frente a casa












quarta-feira, 13 de julho de 2011

SUCESSOR DE CHICO XAVIER

É impressionante a insistente preocupação da mídia - muito mais especialmente a espírita - em procurar saber, por todos os meios e em todas as entrevistas com pessoas ligadas ao Espiritismo, sobre quem será o sucessor de Chico Xavier. Curiosamente, nem sequer é explicado pelos entrevistadores o que significa “sucessor”: será quanto à mediunidade, quanto a uma suposta direção do movimento espírita, quanto ao contato com Espíritos como Emmanuel, André Luiz e tantos outros com quem Chico se compromissou nesta encarnação, ou quanto a sabe-se lá o quê?
Ouve-se dizer até na hipótese de uma “subrogação” do mandato mediúnico do amorável Chico... como se isso fosse um negócio comercial, jurídico, contratual.
Se tais questionamentos viessem da imprensa leiga, até seria compreensível ou aceitável, pois que pouca gente sabe exatamente como ocorre o fenômeno mediúnico (estão acostumados com santos, orixás etc.), muito menos o que seja mandato mediúnico. Mas, a imprensa espírita envolver-se nessa questiúncula... É demais!
Antes de falarmos da suposta sucessão do mais dedicado médium que apareceu por estas plagas, vejamos a origem da conceituação de “mandato mediúnico”, para espancar as dúvidas: afirmam todos os estudiosos da doutrina que todas as criaturas são médiuns potenciais, detendo um mediunismo natural (também chamada de mediunidade estática, cuja definição técnica é: “forma primitiva de mediunidade que fundamenta as crenças e religiões primitivas”); quando essa potencialidade natural é desenvolvida e posta a serviço constante dos necessitados de assistência, é chamada de mediunidade, propriamente dita, também conhecida como mediunidade dinâmica (cuja definição técnica é: “o mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à reflexão religiosa e filosófica e às pesquisas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis”); quando o médium estabelece uma sintonia constante com entidades espirituais de profunda moralidade em benefício da coletividade, em verdadeiro compromisso espiritual, ocorre o mandato mediúnico (que se define: “É a mediunidade investida dos caracteres da missão e baseada no amor e nas virtudes de Jesus”). Vale dizer que esse “mandato” significa a confiança que o Espírito tem no médium, na sua seriedade, no seu trabalho para o Bem, na sua persistência no trabalho útil, enfim, no seu compromisso moral.
Logo, por aí se deduz que não existe a tal passagem do mandato mediúnico para ninguém: primeiro, porque a faculdade é própria de cada ser, nenhuma igual à outra; segundo, porque depende de este ou aquele Espírito consorciar-se com outro médium e isso não o subordina à vontade do outro médium que com ele estabelecia uma simbiose útil. Subrogação? Nem pensar! Agora, vamos à pretensa sucessão. Fala-se freqüentemente (e até insistem com perguntas diretas aos médiuns respectivos) que seriam sucessores do meigo Chico os não menos sérios medianeiros e tarefeiros: o baiano e internacional Divaldo Pereira Franco, e os mineiros, ambos de Uberaba, Carlos A. Baccelli e Celso de Almeida Afonso, este natural de Araxá. Há algumas outras cogitações, mas inexpressivas e isoladas, daí ficarmos só com os citados.
Vamos ouvi-los diretamente sobre o assunto?
Primeiramente o incansável tribuno espírita Divaldo Franco (em entrevista dada a Diogo M. Vargas, transcrita na AN-Agora - AN UOL.com.br): AN = Muitos espíritas o consideram um sucessor de Chico Xavier. Como o senhor vê essa comparação?
Franco: “Inadequada. É o mesmo que comparar um artista plástico com um cientista. Ou um cantor de ópera com um compositor. Eles se completam mas têm tarefas diversíficas. Para mim, seria muito bom se tivesse os valores que ele tem. Chico Xavier concluiu sua tarefa de maneira muito perfeita e brilhante. É um médium escrevente por excelência, de uma mediunidade ímpar. Já escreveu 409 livros médiuns. A tarefa que eu me dedico tem outro caráter. Um dia ele me ousou uma imagem muito interessante. Disse que era alguém que ficava na toca e a pessoa ia até lá. Eu sou alguém que faz cutucar o leão na toca que ele está. Então estou mais exposto.”
E ainda, o mesmo Divaldo (em entrevista ao Jornal O POVO, de Fortaleza, reproduzida no Boletim GEAE: www. Geae.inf.br): OP - Há pessoas que o consideram sucessor de Chico Xavier. O que o senhor acha disso? - Divaldo: “Chico Xavier permanece como sendo o apóstolo da mediunidade, inigualável, como homem, médium e servidor cristão. Essa informação é totalmente destituída de legitimidade, porquanto, em Espiritismo ninguém sucede a outrem, cada qual desempenhando a tarefa para a qual reencarnou, mediante as possibilidades que lhe estejam ao alcance.”
Agora, o médium, escritor e orador espírita de Uberaba Carlos Baccelli (entrevista transcrita na página da Web da CANDEIA NEWS): Candeia: Dizem que você seria o sucessor de Chico Xavier. O que você pensa a respeito, e até que ponto isso ajuda ou atrapalha sua tarefa?
- Baccelli: “Ah, quem nos dera, a mim ou a quem tal pretendesse... Graças a Deus, as especulações da imprensa sensacionalista não nos alcançam nesse sentido, posto que, na presente existência, renascemos com um senso de autocrítica muito apurado e, se Chico Xavier se considera um “cisco”, nós simplesmente não existimos...
Conforme Camille Flammarion afirmou rente ao túmulo de Allan Kardec, a respeito das especulações em torno da sucessão do mestre, no caso de Chico também podemos dizer: a obra substituirá o obreiro!”
Por fim, o médium mineiro Celso de Almeida Afonso (entrevista dada ao Jornal da Manhã, de Uberaba, edição de 02/07/2002, reproduzida no site www.guiata.com.br): “Ontem o Jornal da Manhã entrevistou Celso Afonso, quando o tema sucessão foi questionado. Entretanto, Celso entende que “não há substituto para Chico.”

“JM – Qual sua definição sobre o médium Chico Xavier? -

CA – Ele é exemplo de amor. É muito difícil a gente conhecer de perto uma pessoa que nos transmita, como Chico, tanta certeza, tanta honestidade e bondade. Temos nele aquela criatura se entregando às outras, em comportamento visto por todos como a mais pura essência do amor.”
JM – Com a morte de Chico surge um questionamento imediato: a religião espírita vai sobreviver sem seu profeta maior? - CA – Deus é o mesmo, Jesus é o mesmo, religião espírita é a mesma e Chico é o mesmo.
A diferença agora é que Chico está fora do corpo físico, mas, tenho absoluta certeza, ele continuará perto de nós fazendo tudo aquilo que sempre fez, que é nos doar o trabalho, o carinho, a atenção e o amor que sempre nos doou.
Não é a falta do corpo físico que vai impedir que ele continue nos amando.
JM–Quem será o sucessor de Chico Xavier?
- CA – O próprio Chico Xavier.
 JM – Refiro-me ao sucessor, agora que ele deixou de estar encarnado.
- CA – Ninguém o substituirá. O próprio Chico sempre disse:
“Morre uma grama e nasce outra, mas não é a mesma grama”.
- JM – Quais os mais notáveis discípulos de Chico Xavier?
- CA – Aqueles que tentarem ser bons e ter o amor que ele sempre teve.”
Parece-nos que bastaria isso.
Mas, por serem tão enfáticas e oportunas, queremos fazer nossas as palavras do sensato e respeitado radialista, escritor e orador Amílcar Del Chiaro, ao analisar o assunto (em artigo publicado no site do Portal do Espírito, sob o título “Um Novo Ciclo”): “De há muito ouvimos indagações sobre quem seria o sucessor de Chico Xavier quando ele viesse a desencarnar.
E agora ele desencarnou e a questão continua na cabeça de muitas pessoas. Ao longo do tempo, desde dos idos anos 50, temos escutado que este ou aquele seria o substituto de Francisco Cândido Xavier. Naturalmente, cada grupo tem o seu eleito, o seu preferido.
O próprio Chico ao ser indagado sobre isto, dizia que ele era um montinho de grama, e envolta de um pé de grama nascem muitos outros.”
“Se levada a sério, a questão se apresenta grave. Contudo, ela inexiste.
Quando Kardec desencarnou ele foi substituído estatutariamente pelo vice-presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que nem de longe conseguiu ter a liderança, ou ser um segundo Allan Kardec. Somente através dos anos surgiu Léon Denis como a grande liderança espírita mundial, mas com outras características, porque eram outros tempos.
Esta comparação não tem nada a ver com a propalada tese da reencarnação de Allan Kardec, como Chico Xavier, na qual não acreditamos, embora respeitemos profundamente as pessoas que veicularam essa notícia.”
“Não há substituto para Francisco Cândido Xavier, porque com a sua desencarnação encerrou-se um ciclo do Espiritismo, e é obrigação nossa, de todos os espíritas, iniciar um outro ciclo.
É hora de cada espírita assumir a sua responsabilidade e fazer a sua parte. É hora de terminar as dependências a este ou aquele médium e caminhar com os nossos próprios pés. É hora de terminarmos com as romarias a este ou aquele "santuário" espírita, a não ser que ali se vá para trabalhar ou ajudar.”
Em abono às mesmas conclusões, trazemos as irreverentes palavras do radialista e escritor espírita Alamar Regis, como é sempre do seu estilo direto, contundente e seco (no site www. Panorama Espírita.com):
“6) Sucessor de Chico Xavier: Foi uma tremenda maluquice aquela postura da imprensa, quando Chico Xavier morreu.
Todo mundo falando em sucessor, como se o Espiritismo tivesse Vaticano, capela sistina, cardeais e coisas parecidas. Por que a imprensa tem que compará-lo sempre com outras religiões, mais intensamente com a Igreja Católica?
É algo que precisa ser revisto, gente. Não tem sentido. Apontaram muito o nome de Divaldo Franco, como sucessor do Chico. Tremendo absurdo.
Divaldo nunca quis isto, não existe isto no Espiritismo, não tem chefe, não tem dono, apesar de alguns dirigentes de centros espíritas se portarem como donos dos centros, e que adoram dar ordens, estabelecer determinações, em absoluta contradição com a doutrina, embora digam que o fazem em nome da disciplina.”
E, ainda a palavra do escritor espírita C. T. Rizzini sobre o assunto: “Esse, o fantástico missionário que partiu há um ano para a Espiritualidade Maior após presentear o Movimento Espírita Mundial com obra nunca vista nem sonhada por outro médium. Um patrimônio espiritual tão vasto, tão profundo e tão diversificado que se torna ridículo alguém apresentar-se como “substituto” de Chico Xavier...”
(Texto originalmente publicado pelo “Correio Fraterno” – Publicação da Editora Espírita Correio Fraterno do ABC – Ano XXXIV – nº 393 – Outubro de 2003 – página 12).
Para finalizar, as excelentes observações do culto e denodado divulgador espírita Miguel Pereira (Jornal Espírita Auta de Souza, setembro de 2002, n. 83): “Pessoas estão nos perguntando: Quem será o substituto de Chico Xavier?
Analisando a história da evolução humana, pudemos concluir que ninguém substitui alguém nas tarefas dos grandes missionários.
Moisés, o grande legislador e médium, não precisou ser substituído, para que o judaísmo permanecesse firme por muitos milênios...
Sócrates, o precursor do cristianismo, não foi substituído por ninguém e os seus conceitos são respeitos e seguidos até os dias atuais...
Jesus, o Mestre dos Mestres, é cada vez mais amado pela humanidade, sem que necessitasse ter um substituto... Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, não precisou de sucessores para que o espiritismo alcançasse estágio tão elevado, não só no Brasil, como em muitos outros países...”
Do mesmo modo Chico Xavier, não precisa de sucessores, nem de substitutos para que as suas obras sejam reconhecidas e seguidas, hoje como no futuro... Mas, se alguém surgir como candidato a substitui-lo, deverá apresentar em seu curriculum:
- Extrema bondade no coração: Capacidade de amar os inimigos;
- Preparo físico para trabalhar 22 horas por dia em favor do bem;
- Esquecer de si mesmo, a favor do próximo, em tempo integral;
- Ser um fiel seguidor de Allan Kardec; Além de toda bondade para com o próximo, terá que realizar algumas tarefas não muito simples...
- Ser capaz de engolir uma barata que surgisse na sopa, para evitar constranger o amigo que a ofereceu. Chico Xavier engoliu...
- Lamber uma ferida que alguém julgou pudesse curar um enfermo. Chico Xavier lambeu...
- Suportar calunias e perdoar o caluniador. Chico Xavier perdoou...
- Num encontro fraternal, colocar no colo um cão todo enlameado, que o público chutasse, tentando livrar-se dele. Chico Xavier fez isto...
- Realizar culto do Evangelho no Lar para as prostitutas, num prostíbulo. Chico Xavier realizou...
- Viver em quase extrema pobreza e recusando-se a receber milhões de reais de direitos autorais de 412 obras mediúnicas. Assim viveu Chico Xavier...
Enfim, poderíamos concluir dizendo o seguinte:
Se o candidato tiver capacidade de realizar todas as tarefas aqui expostas, estará demonstrando grande elevação espiritual e nesse caso, deixará de querer substituir Chico Xavier, para ser simplesmente... Um Servidor de Jesus.”
Bem, achamos que ficou comprovado que de sucessores o Chico não precisa, nem ninguém deve se arrogar tal título e jamais o Espiritismo recomendaria ou endossaria.



domingo, 10 de julho de 2011

PSICOLOGIA DA LIDERANÇA ESPIRITA


A liderança espirita e' ainda um campo de ensaio.
A maioria dos chamados lidere espiritas não tem conhecimento suficiente da Doutrina.
São, em geral, médiuns que se impuseram por suas faculdades ao respeito e a admiração de um grupo de adeptos.
 As condições necessárias a liderança nas atividades comuns,acrescentam aos fatores mediúnicos: vidência, intuição, capacidade, doutrinação-espirita e abnegação ao próximo, seguindo o lema doutrinário de "fora da caridade não ha' salvação".
A esses acréscimos positivos juntam elementos negativos de suas condições individuais: autossuficiência, vaidade, autoritarismo, misticismo de tipo igrejeiro, pretensões culturais sem conteúdo, humildade aparente, hipocrisia farisaica que se excede em demonstrações de pureza e amabilidade festiva. Contrabalançadas pelas qualidades positivas já' referidas, essas antiqualidade puramente sociais completam o equipamento do paternalismo que comove os adeptos desprevenidos.
A liderança espirita e' um "papel" que o líder desempenha no meio doutrinários, apoiado no "status" social comum.
 Este problema do "status" e' curioso, mas compreensível. não sendo o espiritismo uma religião organizada em forma igrejeira, mas uma doutrina livre que abrange todos os ramos do Conhecimento e tem a sua parte religiosa como consequência cientifica e da filosófica, não ha no Espiritismo cargos nem funções que possam definir um"status" especifico, como o de sacerdote.
 O líder espirita  é lavrador, operário, banqueiro, medico, empresário e assim por diante.
Ha' uma relação natural entre o "status" social do líder e seu "papel" doutrinário, mesmo porque o movimento espírita é difuso, não forma uma ilha social, difunde-se por todo o organismo da sociedade.
 A importancia do "status" social influi naturalmente na importância do "papel doutrinário".
Esta breve caracterização da liderança-espirita já nos fornece indicações suficientes para um esboço da Psicologia da Liderança Espirita, que se mostra bastante complexa.
Não pretendemos aprofundar o problema, mas apenas coloca-lo em função do assunto desta publicação.
O Espiritismo, como fato social e cultural, é um fenômeno ainda recente no panorama sociológico e exige tempo afim de se definir em suas coordenadas evolutivas, em sua estática e sua dinamica social e particularmente em seus vetores, ou seja, em seus elementos condutores de energia e determinadores de situações especificas.
A própria especificidade das situações ano é facil de se definir e caracterizar, pois a condição de espirita não implica distinções raciais ou sociais e nem mesmo uma posição sectária explicita.
 A universalidade potencial do Cristianismo encontra-se em fase de atualização no Espiritismo, mas essa passagem da potencia a ato depende de um lento e profundo processo de aculturação que, na verdade, consiste na elaboração de uma nova cultura.
Tudo parece feito, e, no entanto, tudo esta' por fazer.
 Um mundo novo não surge do nada, como na alegoria do "fiat", mas das raizes e da seiva de um mundo que o antecedeu.
 O velho e o novo se misturam gerando uma situação ambígua em que os indivíduos e os grupos espiritas mostram-se profundamente diferenciados entre si.
Não existe a homogeneidade necessária `as classificações habituais.
A massa espirita não se destaca do quadro geral da populacao e esta a encara numa perspectiva plurivalente: os espiritas lhe parecem ao mesmo tempo benéficos e maléficos, ingênuos e espertos, cultos e ignorantes, bondosos e perigosos, a serviço de Deus ou do Diabo, criaturas de fé' e de má-fé', racionais e fanáticos, e assim pordiante.
 E' a mesma situação dos cristãos primitivos no mundo antigo, embora pareça, atualmente, uma situação inteiramente nova.
Nessa heterogeneidade sociocultural a liderança espirita exige extrema versatilidade, o que por sua vez, aumenta as suas dificuldades por gerar desconfianças.
 Combatidos, caluniados, perseguidos e ridicularizados pelo clero das religiões tradicionais, pelas diversas ordens espiritualistas, pelas instituições cientificas (particularmente pelas instituições medicas) pela imprensa, o radio e a tv, explorados em sua generosidade por espertalhões de todos os tipos, os espiritas desenvolveram naturalmente o seu instinto de defesa e preservam-se na desconfiança. não obstante, a sua obstinação na boa-fé, decorrente dos princípios doutrinários da fraternidade, tolerância e amor ao próximo -- os tornam vitimas frequentes de engodos e mistificações.
Essa "ingenuidade espirita" e' o que ameniza, não raro demasiadamente, as dificuldades da liderança espirita.
 O receio de fazer mau juízo do próximo, de critica-lo injustamente, faltando com a tolerância e a caridade, leva indivíduos e instituições a situações difíceis e embaraçosas.

J. Herculano Pires
Retirado do livro "Na Hora do Testemunho" de Francisco Candido


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FOTO CAPTADA EM UM CONJ. RESIDENCIAL





sábado, 2 de julho de 2011

VULTO DE CHICO XAVIER APARECE EM FOTO TIRADA DE SEU TÚMULO

TUMULO DE CHICO XAVIER
O Médium Chico Xavier, desencarnado em junho de 2002, apareceu em uma foto de seu túmulo, em Uberaba, Minas Gerais, tirada no dia 02 de novembro de 2003, dia de finados.
Oswaldo Godoy, 63 anos, presidente do Grupo de Ideal Espírita André Luiz, de São Paulo, foi o fotógrafo. A imagem foi capturada na presença de sua esposa.
Godoy afirma que foi visitar o túmulo de Chico, e quando estava na frente dele uma voz lhe disse para tirar uma foto, pois Chico estaria alí.
A voz a que Godoy se refere é de seu mentor espiritual. Oswaldo Godoy ouviu a voz e comentou o fato com sua esposa Lourdes, que lhe incentivou a tirar a fotografia.
Com a revelação do filme, em São Paulo, surgiu a imagem materializada e sorridente de um Chico mais jovem.
Godoy fez cópias da imagem para alguns amigos e também para o próprio filho de Chico, Eurípedes, que a colocou no mausoléu do pai.