sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PORQUE É TÃO DIFICIL SER HUMILDE?

Estudando a humildade, vejamos como se comportava Jesus no exercício da sublime virtude.

Decerto, no tempo em que ao mundo deveria surgir a mensagem da Boa-Nova, poderia permanecer na glória celeste e fazer-se representar entre os homens pela pessoa de mensageiros angélicos, mas preferiu descer, Ele mesmo, ao chão da Terra, e experimentar-lhe as vicissitudes.

Indubitavelmente, contava com poder bastante para anular a sentença de Herodes que mandava decepar a cabeça dos recém-natos de sua condição, com o fim de impedir-lhe a presença; entretanto, afastou-se prudentemente para longínquo rincão, até que a descabida exigência fosse necessariamente proscrita.

Dispunha de vastos recursos para se impor em Jerusalém, ao pé dos doutores que lhe negavam autoridade no ensino das novas revelações; contudo, retirou-se sem mágoa em demanda de remota província, a valer-se dos homens rudes que lhe acolhiam a palavra consoladora.

Possuía suficiente virtude para humilhar a filha de Magdala, dominada pela força das sombras; no entanto, silenciou a própria grandeza moral para chamá-la docemente ao reajuste da vida.

Atento à própria dignidade era justo mandasse os discípulos ao encontro dos sofredores para consolá-los na angústia e sarar-lhes a ulceração; todavia, não renunciou ao privilégio de seguir, Ele mesmo, em cada canto de estrada, a fim de ofertar-lhes alívio e esperança, fortaleza e renovação.

Certo, detinha elementos para desfazer-se de Judas, o aprendiz insensato; porém, apesar de tudo, conservou-o até o último dia da luta, entre aqueles que mais amavam.

Com uma simples palavra, poderia confundir os juízes que o rebaixavam perante Barrabás, autor de crimes confessos; contudo, abraçou a cruz da morte, rogando perdão para os próprios carrascos.

Por fim, poderia condenar Saulo de Tarso, o implacável perseguidor, a penas ferozes, pela intransigência perversa com que aniquilava a plantação do Evangelho nascente; mas buscou-o, em pessoa, às portas de Damasco, visitando-lhe o coração, por sabê-lo enganado na direção em que se movia.

Com Jesus, percebemos que a humildade nem sempre surge da pobreza ou da enfermidade que tanta vez somente significa lições regeneradoras, e sim que o talento celeste é atitude da alma que olvida a própria luz para levantar os que se arrastam nas trevas e que procura sacrificar a si própria, nos carreiros empedrados do Mundo, para que os outros aprendam, sem constrangimento ou barulho, a encontrar o caminho para as bênçãos do Céu.
ATENÇÃO mestres, a quém foi dáda  a edificante missão de repassar aos iniciados a doutrina espírita, "a luz veio ao mundo para iluminar as trevas, e não para zombar, constranger ou humilhar, e nem tão pouco para tripudiar sobre  ela."

P.Moryah.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VENENO ESPIRITUAL

É corrosivo no coração, a surgir do conúbio entre a revolta e o desânimo, tisna o manancial da emotividade e sobe à cabeça em forma de nuvem. E, chegado ao cérebro, transfigura o pensamento em plasma sutil de lodo, conturbando a visão que se envolve em clamoroso desequilíbrio.

A vitima, desse modo, não mais enxerga o bem que o Céu espalha em tudo, para ver simplesmente o mal que traz consigo, e imagina, apressada, espinheiros e pântanos onde há flores e bênçãos, mentalizando o crime onde brilha a virtude. Em funesto delírio, chega a lançar de si escárnio e vilipêndio à própria Natureza que revela a Bondade Infinita de Deus.

Mas o agente sombrio não descansa nos olhos, porque invade os ouvidos, procurando a maldade nas palavras do amor, e descendo, letal, para a zona da língua, converte a boca em fossa de azedia e amargura, concitando os ouvintes do império da sombra, como se pretendesse escurecer o Sol e enlutar as estrelas.

Desde então, julga achar em toda criatura expoente do vício,da obsessão aceitando a suspeita em lugar da esperança e exaltando a mentira, com que faz de si mesma um campo deplorável de aspereza e loucura.

Paralisando as mãos na preguiça insensata, acusa o mundo e a vida, sem doar-lhes a menor expressão de auxílio e entendimento.

E atingindo o apogeu da demência cruel, acalenta, infeliz, o desejo da morte, com a qual se precipita à cova do suicídio, para sofrer, depois, a expiação tremenda do insulto à Lei Divina e da injúria a si mesma.

Guardai-vos, pois, assim, no clima luminoso do serviço constante, amando e perdoando, ajudando e aprendendo, porquanto esse veneno que corrói a alma humana, dela fazendo, enfim, triste charco de trevas, chama-se pessimismo.

P.Moryah.




FELICIDADE

Perguntei, um dia, à vida: O que é Felicidade? Ela, então, me respondeu: É o Amor, é a Bondade!

Felicidade é ventura, que todos podem alcançar, mas, é preciso que saibam, antes de tudo amar!

Na vida só é feliz, quem, não pensa na maldade, mas vive espalhando o Bem, o perdão, a Caridade.

Neste mundo a felicidade, é fato deveras raro, custa muito sacrifício, e o seu preço é muito caro.

Definir Felicidade, ou dizer o que ela é, só a linguagem do Amor, da caridade e da Fé!

Felicidade é um bem, que qualquer um pode ter, é uma bênção do Céu prá quem sabe bem viver.

Felicidade não é, o que muita gente pensa: não está na bolsa opulenta, nem na mais farta despensa.

Consiste a Felicidade, em ser leal, generoso, em ter para toda gente, um pensamento amoroso.

Só a renúncia conduz, a plena Felicidade, renuncia, pois, a tudo, e tê-la-ás de verdade!

Nada há que se compare, a paz, à tranqüilidade...Quem tais tesouros possui, conhece a Felicidade.

Juntar tesouros na Terra, de si mesmos transitórios, é desprezar o real, para viver do ilusório.

Juntai tesouros no Céu, que a traça, estes, não rói...os bens espirituais, coisa nenhuma destrói...

Felicidade! Felicidade! Onde estás? Não me respondes? Eu chamo por ti em vão,dize-me: Onde te escondes?

E uma voz, vindo de longe, disse em tom grave e profundo: -Não me procures na Terra, que eu não sou desse mundo!

A Terra, um dia, será, um mundo calmo e feliz, quando o Amor for para o homem
Sua meta e diretriz!

P.Moryah.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ENTREVISTANDO ANDRE LUIZ

Nesta entrevista, concedida ao diretor do Anuário Espírita para a edição de 1964, n.º 1, André Luiz (espírito) respondeu às perguntas formuladas de números ímpares através do médium Waldo Vieira e as de números pares através do médium Francisco Cândido Xavier. Os temas são os mais diversos — sexualidade, homossexualidade, vida atual, reencarnação, etc..


 1.Qual a quantidade aproximada de habitantes espirituais – em idade racional – que se desenvolvem, presentemente, nas circunvizinhanças da Terra?

 “Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões, observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão e sendo esse número passível de alterações constantes pelas correntes migratórias de espíritos em trânsito nas regiões do planeta.”




 2. A quantidade de espíritos que vivem nas diversas esferas do nosso planeta tende, atualmente, a aumentar ou a diminuir?

“Qual acontece na crosta planetária, as esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento.”




 3. Considerando-se que as criaturas dos reinos vegetal e animal, deste e de outros planos, absorvem elementos de economia planetária, pergunta-se: O nosso planeta dispõe de recursos para a manutenção e sustentação de uma comunidade de número ilimitado de indivíduos ou a despensa celeste do nosso domicílio cósmico se destina a uma sociedade de proporções limitadas, ainda que de dimensões desconhecidas?

 “Certo, nos limites do orbe terreno não é justo conceituar os problemas da vida física fora de peso e medida, entretanto é preciso considerar que as ciências aplicadas à técnica, à indústria e à produção, nos vários domínios da natureza, assegurarão conforto e sustento a bilhões de es píritos encarnados na Terra, com os recursos existentes no planeta, por muitos e muitos séculos ainda, desde que o homem se disponha a trabalhar.”

 



 4. Espíritos originários da Terra, têm emigrado, nos últimos séculos, para outros orbes?



 “Seja de modo coletivo ou individual, em todos os tempos, espíritos superiores têm saído da Terra no rumo de esferas enobrecidas, compatíveis com a elevação que alcançaram. Quanto a companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem temporária segregação em planos regenerativos.”




 5. Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo? 



 “Isso acontece com frequência, de vez que muitos espíritos superiores reencarnam no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da humanidade, e criaturas inferiores co stumam aí sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo.


"

 6. Considerando-se a enorme distância geométrica existente entre dois ou mais orbes de um sistema solar ou entre dois ou mais sistemas solares, pergunta-se:
a – os espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes? 
b – na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais?

“a) Em seu desenvolvimento, sim, qual acontece com a pessoa que em determinada fase de experiência física se vincula, transitoriamente, a certa raça ou família.

 b) Isso é perfeitamente compreensível; basta lembrar os milhares de criaturas que atendem aos interesses de um país ou de outro nas extensões do oceano.”




 7. Quais os proce ssos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, considerando-se a possibilidade de migrações de entidades de categoria até mesmo criminosa, como parece ser o caso dos imigrantes do sistema planetário de Capela?

 “Esses processos de locomoção, no plano espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona com a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato, sem que isso ofenda os preceitos científicos.”


 8. Onde começa o Umbral?



 “A rigor, o Umbral, expressando região inferior da espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos.”




 9. Onde se situa “Nosso Lar”?

 “Não possuímos termos terrestres para falar em torno da geografia no plano espiritual, mas podemos informar que as primeiras fundações da cidade “Nosso Lar” por espíritos pioneiros da evolução brasileira se verificaram no espaço do território conhecido como Estado da Guanabara. ” 







10. Por que a disciplina sexual é recomendada pelo plano espiritual cristão?



 “Claramente que a disciplina sexual é recomendável em qualquer plano da vida para que a degradação não arruíne os valores do espírito.”



 11. Há alguma relação entre sexo e mediunidade?


 “Tanto quanto a que existe entre mediunidade e alimentação ou mediunidade e trabalho, relações essas nas quais se pede equilíbrio.”



 12. As funções reprodutoras do sexo se destinam, somente, da vida na Terra?



 “Em muitos outros orbes, compreendendo-se, porém, que mundos existem nos quais as funções reprodutoras não são compreensíveis, por enquanto, na terminologia terrestre.” 



 13. Espíritos sensuais mantêm atividades de natureza sexual após a desencarnação?

 “Aos milhões, reclamando educação dos recursos do sentimento e das manifestações afetivas, como acontece nos caminhos da humanidade.”



 14. Os peri spíritos das entidades espirituais que se localizam nas vizinhanças da Terra conservam o órgão do aparelho sexual humano?



 “Sim, e por que não? O órgão sexual é tão digno quanto os olhos e como não se deve atribuir aos olhos os horrores da guerra o órgão sexual não pode ser responsável pelo vício.” 



 15. Os espíritos conservam, para sempre, as condições de masculino e feminino?



 "Respondamos com os orientadores espirituais de Allan Kardec que, na questão número 201, de 'O Livro dos Espíritos' afirmaram, com segurança, que o espírito tanto reencarna no corpo de formação masculina quanto no corpo de formação feminina.”

 16. Como explicar os homossexuais?

 “Devemos considerar que o espírito reencarna, em regime de inversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estejam nessa posição, endereçados ao escândalo e à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para ser delinquentes. Compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em determinada experiência merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que estagia, importando anotar, ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que se a cegueira fosse a condição da maioria dos espíritos
reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado minoria e exceção.

” 17. Se vivemos tantas vezes participando da formação de casais frequentemente diversos, como explicar o ciúme?



 "O ciúme é característico de nossa própria animalidade primitiva, sombra que a educação dissipará.”



 18. O espírito desencarnado também está sujeito a crises prolongadas de ciúme?



 “Como não? A desencarnação é um acidente no trabalho evolutivo, sem constituir por si qualquer solução aos problemas da alma."



 19. Como explicar a paixão que, tantas vezes, cega o indivíduo? (A paixão é, somente, uma doença humana?)



 “Ainda aqui animalidade em nós é a explicação.”



 20. O adultério é, sempre, causa de conflitos quando da volta dos cúmplices ao plano espiritual?



 “Sim.” 


 REENCARNAÇÃO 



 21. A reencarnação é lei imperativa em todos os orbes do Universo?


 “Mais razoável dizer que a reencarnação é princípio universal, compreendendo-se que existem esferas sublimes nas quais a reencarnação, como recurso educativo, já atingiu características inabordáveis ao conhecimento humano atual.”




 22. Se a Medicina da Terra aumentar – num futuro não muito distante – a média da vida humana na crosta, do ponto de vista educacional, uma única existência, de 500 anos, por exemplo, bastaria para libertar o espírito das necessidades da escola terrena?



 "Cabe-nos aguardar o apoio mais amplo da Medicina à saúde huma na, com vista à longevidade, entretanto, em matéria de libertação espiritual o problema se relaciona com a vontade acima do tempo. Quando a pessoa se decide ao burilamento próprio, com ânimo e decisão, a existência física de cinquenta anos vale muito mais que o tempo correspondente a cinco séculos, sem orientação no aprimoramento moral de si mesma.”



 23. É de esperar-se que nos próximos milênios, quando a Terra se tornar um centro de solidariedade e de cultura, seja dispensado o processo de reencarnação como elemento indispensável de experiências e estudos?



 “Digamos, com mais propriedade, que o espírito, alcançando a sublimação, não mais se encontra sujeito ao processo de reencarnação, por medida educativa, conquanto prossiga livre para reencarnar, como, onde e quando deseje, em auxílio voluntário aos semelhantes.”



 24. A duração média de vida dos encarnados racionais de outros orbes corresponde à terrena? 



 “Não. Essas etapas de tempo variam de mundo a mundo.”



 25. Todas as reencarnações, mesmo as dos indivíduos vinculados a condições inferiores, são objeto de um planejamento detalhado por parte dos administradores espirituais?



 “Há renascimentos quase que automáticos, principalmente se a criatura ainda permanece fronteiriça à animalidade, entendendo-se que quanto mais importante o encargo do espírito a corporificar-se, junto da humanidade, mais dilatado e complexo o planejamento da reencarnação.” 



 26. As organizações espirituais que pautam as suas atividades dentro de programas alheios aos princípios cristãos também procedem a execuções de programas para a reencarnação de tarefeiros determinados em suas organizações?

 “Sim.”

 27. Reencarnações de espíritos de ordem superior, presididas por espíritos elevados, em meio inferior, estão sujeitos a represálias da parte de organizações espirituais interessadas na ignorância humana?



 “Natural que assim seja. Recordemos o próprio Jesus.”




 28. Se um espírito encarnado com propósitos cristãos pode, pela má conduta, transformar-se num instrumento das trevas, é de se perguntar se um espírito encarnado sob os vínculos de organizações ainda não cristianizadas no Espaço, pode, também, transformar-se num instrumento ostensivo do programa do bem?



 “Perfeitamente. Assim ocorre porque o íntimo de cada um prevalece sobre o rótulo que caracterize a pessoa no ambiente humano."
 ATUALIDADES



 29. Sabemos que outras civilizações terrenas se desfizeram em épocas remotas. Diante do perigo atual de uma conflagração atômica, é de se perguntar: estamos às portas da nova Jerusalém ou no começo de um novo fim?

 “Na condição de espíritas-cristãos encarnados e desencarnados, pensemos no futuro da humanidade em termos de evolução, otimismo, confiança, progresso. De todas as calamidades, a civilização sempre surgiu em novos surtos de força para o burilamento geral, ao influxo da Providência Divina, ainda mesmo quando pareça o contrário.”



 30. Habitantes de outros orbes conhecem a humanidade terrena, sua história, costumes, etc.?

 “Sim.”

31. Diante dos progressos alcançados pela ciência, conseguirá o homem aportar a outros corpos de nosso sistema solar?

“Ninguém pode traçar fronteiras às conquistas da ciência humana. Quanto mais dilatados o serviço e a fraternidade, a educação e a concórdia na Terra, maiores as possibilidades do homem nas conquistas do espaço cósmico.”




 32. Se a ciência humana se servir de seus recursos, pondo em risco a estabilidade do planeta, é de se esperar esteja a humanidade da Terra sujeita a uma intervenção direta da parte de outros planetas?



 “Nossa confiança na sabedoria da Providência Divina deve ser completa. Ainda mesmo que a Terra se desintegrasse numa catástrofe de natureza cósmica, Deus e a vida nã o deixariam de existir. Uma cidade arrasada num cataclismo não significa a destruição de um povo inteiro. Justo que, em nos considerando coletivamente, temos feito por merecer longas aflições e duras provas na Terra, entretanto, diante da Infinita Bondade, devemos afastar quaisquer ideias sinistras da cabeça popular carecedora de harmonia e esperança para evoluir e servir. Amemo-nos uns aos outros. Realizemos o melhor ao nosso alcance. Convençamo-nos de que o bem vive para o mal como a luz para a sombra. Edifiquemos o mundo melhor começando em nós mesmos, e confiemos na palavra fiel do Cristo, que prometeu amparar-nos e auxiliar-nos “até o fim dos séculos”. E assim nos exprimindo não nos propomos afirmar que, a pretexto de contar com Jesus, podemos andar irresponsáveis ou desatentos. Não. Forçoso trabalhar e cumprir as obrigações que a vida nos trace, a fim de sermos amparados e auxiliados por ele, sejam quais forem as circunstâncias

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MINHA AMIGA.......NÃO ME QUEIRA MAU...!

 O tempo correndo cada vez mais veloz, com o mundo cada vez menor, graças à comunicação instantânea que a Internet nos proporciona, nossa vida assume a cada dia que passa uma nova e por vezes desafiadora dimensão. Mudam hábitos, rotinas são pulverizadas, novas tendências aparecem no horizonte e cada vez mais nos defrontamos com a necessidade da transformação permanente, da eterna mudança, da infinita evolução pela qual passamos em nossa estada aqui na Terra. Talvez voce  possa se assustar ao perceber que o que outrora era considerado uma verdade absoluta, não passa agora de um ledo engano e, portanto, sinta tremer as bases de seu mundo, de sua crença e de sua maneira de agir.

No entanto, está tudo em divina ordem, acompanhando os ritmos do Universo, em expansão constante, seguindo ciclos ordenados e precisos. Tudo faz sentido em nossa existência, a alegria e a tristeza, o ganho e a perda , a saúde e a doença, a prosperidade e a escassez. Aprendizado, resgate, merecimento, carma...

O bem e o mal, a Luz e a sombra: a velha e conhecida dualidade.

Como é fácil, ainda, julgar os outros, geralmente realçando, focando aspectos que tem a ver com preconceitos que ganhamos de presente em nossa infância. Como ainda é forte o que nos separa, nos divide e por vezes nos deixa isolados em nosso caminhar! Precisamos urgentemente atualizar nosso velho sistema operacional. Está mais do que na hora de perceber, vivenciar e espalhar a Unidade, de deixar a cada dia mais de lado nosso ego e vibrar o NÓS, passar de uma vez da mente que julga e separa para o coração que ama incondicionalmente, pois sabe que SOMOS TODOS UM SÓ. Sim, o coração sabe que tudo já está dentro de nós, que o mais importante é antes o relacionamento amoroso conosco mesmos, o autoconhecimento profundo de nossa Alma, a essência indestrutível, nosso centro perene, a centelha divina que tudo é , que tudo sabe e tudo contém...

Um movimento de Amor.

A cada instante voce pode  agir de acordo com esta sintonia mágica, ao acompanhar uma planta em seu desenvolvimento, cuidando dela, tentando perceber sua linguagem, sua necessidade de água, de sol, de companhia de outras plantas, tirando carinhosamente as folhas secas e reavivando a terra de vez em quando. A resposta é i nvariavelmente positiva, as flores são mais belas e numerosas, o ambiente fica mais agradável, bonito e irradiando uma abençoada aura.

 Voce pode  realizar tantas ações a partir do coração...

Vale para todos os que nos cercam, sejam filhos, amores, amigos, colegas...diretores  e trabalhadores desta casa espirita, basta ver, sentir no outro o que de fato ele é: uma parte de nós, um outro eu...

Procuramos, assim, doar alegria, ternura, otimismo, sem receio de ofertar abraços e sorrisos em abundância.

Vale para os desconhecidos, os mendigos, os irmãos menos favorecidos,os mais abastardos, os menos cultos, os de "QI" mais elevados, nossos criticos, inimigos, e nãos somente aos aduladores, não só premiando com cargos e funções  os que carregam pedras e fazem o serviço braçal que lhe interessa, mais tambem aos que se destacam pelo conhecimento intelectual e espiritual,  ajudando-os com humildade, de igual para igual, olhando fundo nos olhos deles, reconhecendo e honrando sua divindade, sua essência...

Vale para os que se encontram presos, os doentes hospitalizados e todos os que ainda estão na ignorância, na matéria, mesmo que aparentem opulência financeira.Quanto podemos ainda fazer -agora mesmo-, enviando àquele amigo esquecido um sorrizo amavel de simpatia, bem-aventurança e perdão, quando for o caso... ou indo buscar carinhosamente do outro lado do mundo, em pensamento, preces e radiações fluídicas positivas, algum amigo distante, somente no aspecto físico, pois a conexão instantânea permite sentir a pessoa bem ao nosso lado, e por vezes ainda podendo vê-la com os olhos espiritual...

Sim, a cada instante podemos escolher, onde quer que a gente se encontre, no trabalho também, como manifestar e irradiar nossa Luz, ainda que em determinados ambientes possa todavia ser complicado. Cabe a nós lembrar nossa natureza original, nossa verdadeira missão e mostrar sutilmente com nosso exemplo, que podemos ser felizes, prósperos e realizados aqui mesmo, uma vez que passemos a ouvir nosso coração, nosso guia interior.

Sempre imagino como ficaria o mundo -e todas as cidades do mundo- se cada um de nós carinhosamente ajudasse de alguma forma  os nossos desafétos, os que ousaram divergir de nossas idéia, os que se negaram a ser apenas "vaquinhas de presepio" a aceitas todas as nossas opíniões. Se percebesse a Unidade de tudo o que há, se dedicasse um pouco de nosso  tempo, de nossa  habilidade, em ouvir, amenizar o sofrimento , o isolamento, o abandono desses irmãos...

O movimento  espirita  em relação a nós mesmos é tão oportuno quanto o para fora; alimentar nossa alma é uma arte que se aprimora avançando pela vida e exige criatividade, coragem, disciplina e intuição. Tudo é simples quando nosso desejo é puro, profundo, determinado e na direção correta... o Universo conspira sem parar e nos traz todo tipo de informação, de oportunidade, de facilidade. As sincronicidades finalmente se manifestam e nos guiam; os tons acinzentados desaparecem e as cores vibrantes entram em nossa vida, a música inspirada vinda das esferas superiores nos acompanha, tocando e expandindo nossa sensibilidade; a ansiedade deixa de existir, pois não mais tememos enfrentar o futuro; a leveza prevalece, tendo deixado definitivamente para trás ressentimentos e mágoas, perdoando nosso passado, o "velho ser" renascendo e renovando-se a cada manhã. O presente que é o presente -o único tempo que existe, o eterno agora-, pass a a ser um dos pilares básicos da existência, dando-nos o poder de modificar a cada instante nosso carma em função de nossa cristalina e genuína intenção amorosa, não mais focada na matéria.

Nós somos o sal da Terra, a mudança, a Ascensão, a consciência em expansão, somos os únicos responsáveis por tudo que nos cerca, pelo momento que estamos vivendo, os senhores do nosso despertar.

Sim, o Caminho é feito também de pequenos, mas infinitos movimentos de Amor e de profunda Gratidão.

Vamos juntos vibrar nessa sintonia?

Vamos fazer nossos corações pulsarem pra valer?

Lembre-se que V. é uma abençoada mensageira  da Luz; perceba sua força imensa. Finalmente, sinta-se amada  de verdade, amparado, protegido e em completa parceria com o Universo. 

Eu estou fazendo a minha parte. voce é parte integrante das minhas orações diárias, continuamos trabalhadores da mesma ceára
Seja feliz! Somos UM só. Eu sou o outro Você.

P.Moryah.






















terça-feira, 19 de outubro de 2010

MEU IRMÃO ESPIRITA

Ao querido irmão, Manoel João pinheiro, que segundo nos informa é presidente de um pequeno centro espírita no interior do estado da Paraíba (CENTRO DE ESTUDOS ESPÍRITA O EVANGELHO DE JESUS), que em contato com nosso blog, diz fazer todos os esforços possíveis para ser um dirigente diferente daqueles cuja ação, tem sido motivo de críticas deste blog, e que nos pede alguns conselhos que lhes sirva de diretriz nesta cruzada terrena.

-Prega a fraternidade, aproveitando a tribuna que te componha os gestos e discipline a voz; no entanto, recebe e dá redobrada atenção, no centro, no trabalho ou no lar, tomando por verdadeiros irmãos, os companheiros de luta, assalariados a teu serviço, os que divergem das tuas idéias, os que te criticam e os que apontam os teus erros.

- Esclarece os Espíritos conturbados e sofredores nos círculos consagrados ao socorro daqueles que caíram em desajuste mental; contudo, acolhe com redobrado carinho os parentes desorientados que a provação desequilibra ou ensandece, e que a espiritualidade confiou a tua guarda, evitando lamúrias, a impaciência, ou a transferência de responsabilidades .

- Auxilia a erguer abrigos de ternura para as crianças abandonadas; todavia, abraça em casa os filhinhos que Deus te deu, conduzindo-lhes a mente infantil, através do próprio exemplo, ao santuário do dever e do trabalho, do amor e da educação.

-Espalha a doutrina de paz que te abençoa a senda, divulgando-a, por intermédio do conceito brilhante que te reponta da pena, mas não olvides exercê-la em ti próprio, ainda mesmo à custa de aflição e de sacrifício. para que o teu passo, entre as quatro paredes do instituto doméstico, seja um marco de luz para os que te acompanham.

- Cede aos necessitados daquilo que reténs no curso das horas...Dá, porém, de ti mesmo aos semelhantes, em bondade e serviço, reconforto e perdão, cada vez que alguém se revele faminto de proteção e desculpa, entendimento e carinho.

Beneficência! Beneficência!

Não lhe manches a taça com o veneno da exibição, nem lhe tisnes a fonte com o lodo da vaidade!

Recebe-lhe as sugestões de amor no mio do coração e, buscando-a primeiramente nos escaninhos da. própria alma, entendendo que não somos os exclusivos detentores da verdade absoluta,  sentiremos nós todos a intraduzível felicidade que se derrama da felicidade que venhamos a propiciar aos outros, conquistando, por fim, a alegria sublime que foge ao alarde dos homens para dilatar-se no silêncio de Deus.





sábado, 16 de outubro de 2010

FAZ O QUE DIGO E NÃO O QUE FAÇO


                                     
Recebemos, e registramos o email de um leitor, vidente e militamte de uma casa espírita, lamentando~se, por a tanto tempo no movimento, nunca visualizou nos comportamentos e nas relações internas, a humildade tão esmiunçada na doutrina, e tida como essencial pelo consolador, além de ser um dos pontos alto da pregação de Jesus.

Estudando a humildade, vejamos como se compor­tava Jesus no exercício desta sublime virtude.
Decerto, no tempo em que ao mundo deveria surgir a mensagem da Boa-Nova, poderia permanecer na glória celeste e fazer-se representar entre os homens pela pes­soa de mensageiros angélicos, mas preferiu descer, Ele mesmo, ao chão da Terra, e experimentar-lhe as vicis­situdes.
Indubitavelmente, contava com poder bastante para anular a sentença de Herodes que mandava decepar a cabeça dos recém-natos de sua condição, com o fim de impedir-lhe a presença; entretanto, afastou-se prudente­mente para longínquo rincão, até que a descabida exigência fosse necessariamente proscrita.
Dispunha de vastos recursos para se impor em Je­rusalém, ao pé dos doutores que lhe negavam autoridade no ensino das novas revelações; contudo, retirou-se sem mágoa em demanda de remota província, a valer-se dos homens rudes que lhe acolhiam a palavra consoladora.
Possuía suficiente virtude para humilhar a filha de Magdala, dominada pela força das sombras; no entanto, silenciou a própria grandeza moral para chamá-la do­cemente ao reajuste da vida.
Atento à própria dignidade, era justo mandasse os discípulos ao encontro dos sofredores para consolá-los na angústia e sarar-lhes a ulceração; todavia, não re­nunciou ao privilégio de seguir, Ele mesmo, em cada can­to de estrada, a fim de ofertar-lhes alívio e esperança, fortaleza e renovação.
Certo, detinha elementos para desfazer-se de Judas, o aprendiz insensato; porém, apesar de tudo, conser­vou-o até o último dia da luta, entre aqueles que mais amava.
Com uma simples palavra, poderia confundir os jui­zes que o rebaixavam perante Barrabás, autor de crimes confessos; contudo, abraçou a cruz da morte, rogando perdão para os próprios carrascos.
Por fim, poderia condenar Saulo de Tarso, o impla­cável perseguidor, a penas ferozes, pela intransigência perversa com que aniquilava a plantação do Evangelho nascente; mas buscou-o, em pessoa, às portas de Damas­co, visitando-lhe o coração, por sabê-lo enganado na di­reção em que se movia.
Com Jesus, percebemos que a humildade nem sempre surge da pobreza ou da enfermidade que tanta vez so­mente significam liçôes regeneradoras, e sim que o ta­lento celeste é atitude da alma que olvida a própria luz para levantar os que se arrastam nas trevas e que pro­cura sacrificar a si própria, nos carreiros empedrados do Mundo, para que os outros aprendam, sem constrangi­mento ou barulho, a encontrar o caminho para as bên­çãos do Céu.

O problema é que Jesus é o divino mentor, porém  seus seguidores da atualidade, são de nível muito inferior.
E  sendo assim muitos preferem seguir calando suas  próprias conciencias,ignorando propositadamente os ensinamentos do mestre, e adquando-os as próprias  limitações, sufocando e passando literalmente por cima, de todos aqueles cuja verdade possa representar qualquer típo de ameaça, ao seu ilusório domínio e poder sobre almas ignorantes.
O mais importante porém, é que a doutrina é dos espiritos, superiores e atentos, que sabem mais do que ninguem, que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe, que as horas são iguais para todos neste andor, que todo dia é dia de plantar, mais toda hora, também é hora  de colher, muitos destes,  nesta mesma existencia, já foram provados quanto a humildade, a paciencia e a resignação,e foram   desastrosamente reprovados, mais que seus orgulho exarcebado, os impede  de terem isto como lição, e permanecem cheios  de pose, como cegos que guiam cegos para o abismo. São estes os falsos profetas a que Jesus se referiu!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A DIFICIL ARTE DE FALAR A VERDADE

Ainda angustiado por ter sido mal compreendido, por companheiros temerosos, na defesa quase fanática, e contrária a tudo que achem lhes possa ameaçar o cargo e poder de mando, e que Por isso mesmo fizeram oposição gratuita, e marginalização sistemática durante todos os dias de minha passagem junto ao seu grupo, tive a seguinte mensagem de conforto de quem realmente importa a opinião.

“Se tiveres fé, continuarás caminhando firme, como se tivesse transformado o teu espírito em fogo divino a dissipar as trevas...

Entenderás os caluniadores como almas invigilantes que a peçonha do mal entenebreceu, e relevarás toda ofensa com que te martirizem as horas...

Surpreenderás nos maldizentes criaturas desprevenidas que o veneno da crueldade enlouqueceu, e desculparás toda injúria com que te deprimam as esperanças...

Observarás no onzenário a vitima da ambição desregrada, acariciando a ignomínia da usura em que atormenta a si próprio, e no viciado o irmão que caiu voluntariamente na poça de fel em que arruína a si mesmo...

Reconhecerás a ignorância em toda manifestação contrária à justiça e descobrirás a miséria por fruto dessa mesma ignorância em toda parte onde o sofrimento plasma o cárcere da delinqüência, o deserto do desespero, o inferno da revolta ou o pântano da preguiça...

e se tiveres amor saberás, assim, cultivar o bem, a cada instante, para vencer o mal a cada hora...

E perceberás, então, como o Cristo fustigado na cruz, que os teus mais acirrados perseguidores são apenas crianças de curto entendimento e de sensibilidade enfermiça, que é preciso compreender e ajudar, perdoar e servir sempre, para que a glória do amor puro, ainda mesmo nos suplícios da morte, nos erga o espírito imperecível à bênção da vida eterna.

Sei que fui condenado, apenas por insistir em repetir aos ouvidos dos “Monges”, o que está escrito no livro que fez os “Monges” mas entendi que mais do que nunca, vale a pena continuar dizendo a verdade acima de tudo, pois esta, por si só se defende!



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

AFÉTO NO CENTRO ESPÍRITA

"Fundando-se o egoísmo no sentimento do interesse pessoal, bem dificil parece extirpá-lo inteiramente do coração humano". Chegar-se-á a consegui-lo?

"A medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão as coisa materiais. Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que o entretêm e excitam. Isso depende de educação"(Livro dos Espíritos- questão 914).

O afeto, entendido como nutrição espiritual insubstituível e essencial, sempre será preventivo e profilático em todas as fases da vida. Entretanto, para o amadurecimento interior do ser, inicia-se uma etapa de vivência em que a vida exigirá maior soma de doação em contraposiçãoa às contíniuas esxpectativas de ser amado. O centro espírita, nesse interim, pode oportunizar a valorosa e preenchedora experiência do Amor auxiliando o homem na reeducação de suas tendências, no conhecimento de si, no exercício da solidariedade material e relacional e na supressão do personalismo, que permitirá o potencial afetivo dirigido a realizações nobres e gratificantes.

Caridade! O melhor exercício para a sensibilidade.

Atividades cooperativas  e solidárias realizadas em ambientes de bem-estar moral e espiritual serão fortes estímulos à força 'pusionar' do coração, muitas vezes aprisionadas pelas traumáticas lições socio-afetivas da presente existência, nas quais o autoritarismo e o medo foram instrumentos pedagógicos limitantes, provocando relações artificiais sob a constrição das "tiranias do coração", em larga escala adquiridas na infância.
"Na casa espírita devemos encontrar esse espaço para "ser", já que a sociedade, em funçaõ do "ter", vem bloqueando os valores pessoais e as potências da alma. Será que já imaginamos o centro espírita como uma 'praça' de convivencia ou um núcleo formador da familia espiritual pelos vinculos do coração?. Precisamos dar encanto ao ambiente despírita,reinventar sua proficiência. Reflitamos na fala do Espírito Verdade acima: "Preciso é reformar as instituições que entretêm o egoísmo". Grupos sadios não devem ser conduzidos como "todo uniforme", passivamente e regidos por diretrizes somente aprovadas pelos seus líderes, guardando semelhança com envelhecidas estruturas religiosas. A pedagogia do afeto é abertura para a riqueza dos sentidos individuais sem o personalismo dos desejos superiores, dos sonhos de crescimento moral, através dos quais o processo educativo será mais afetivo. A própria construção do saber espírita está fortemente vinculada às indiossincrasias, à diversidade interpretativa,com as quais enxergamos novos ângulos exploramos com mais profundidade as temáticas de estudo. Precisamos assumir para nós as responsabilidades da hora, e declarar transparência e respeito quais são as emergências em nossas realizações espirituais. É incoerente a realidade atual que envolve a casa doutrinária!

Tanta profundidade filosófica em favor das carências humanas, verdadeiro celeiro de recursos para o "ser" integral e, no entanto, com uma estrutura deficiente no que tange a dar suporte e assessoria a seus componentes, quando o assunto é a vida interior e os esforços na luta auto-estima. Enquanto isso o trabalhador sofre dores psicológicas e emocionais sem revelar, ou ter essa chance de revelá-las. Face a essa carência de respostas e horizontes, quando não se alcança o mínimo para prosseguir,penetra no desestímulo e o abandono dos idéias. Alem disso, freqüentemente, busca-se enquadrar as dificuldades humanas nos domínios da obsessão e de anteriores existencias, alimentando imaginações férteis em mentes menos maduras, gerando um fanatismo sutil e incentivador de atavismos, negando o presente e deslocando a realidade para o passado e a vida espiritual.(Ermance Dufraux).

Para agravar ainda mais, em núcleos diversos, instala-se um sistema de vigília da conduta alheia premiando as cobranças e atiçando os melindres em quase completo descaso com as limitações e fragilidades alheias. Impera o egoísmo. O resultado final de tudo isso é a perda dos frutos do Espiritismo no autoconhecimento, no fracasso dos relacionamentos nos grupos de atividade, a repressão da sombra interior e o quase estacionamento no crescimento pessoal. Não vivamos de lamentações e labutemos para mudar esse panorama existente em expressiva parcela de nossa seara. Como centro espírita pode ajudar no fortalecimento de laços de amor entre seus integrantes? Como pode auxiliar na dilatação de sensibilidade? Vejamos alguns pontos que desenvol:

-Motivar o espírito de equipe.

-Valorizar a capacidade cooperativa de qualquer pessoa.

-Promover através da delegação, criando o policentrismo sistêmico.

-Investir na capacitação do trabalhador como pessoa e ser social.

-Ensejar realizações específicas para a revitalização do afeto no grupo.

Valorosa será acontribuição da casa doutrinária que facilitar a seus participantes a reflexão,a instrução e os relacionamentos responsáveis, auxiliando o homem atordoado e infeliz da atualidade a assumir um compromisso consciente com a melhora de si mesmo através da reeducação dos sentimentos. A proposta da transformação íntima encontra nesse quesito do coração o seu ponto essencial para as mudanças de profundidade, já que o motivo causador da atual condição espiritual desse homem atordoado deve-se, acima de tudo, aos desvios afetivos de outrora,que sedimentaram reações emocionais destoantes com o sentimento de Amor autêntico, fonte de saúde e vitalidade para "ser”

P.Moryah.

sábado, 9 de outubro de 2010

SOU ESPIRITA...LOGO PENSO!

"(...)por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa,nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações." Allan Kardec


                                      AUTO CRITICA NO CENTRO ESPIRITA

 Tranquilidade ou apatia? A atitude dos dirigentes espíritas diante da falta de público nas instituições.

Em muitos Núcleos Espíritas que visitamos  temos nos deparado com públicos que não ultrapassam 10 a 20% dos lugares disponíveis para as reuniões doutrinárias.

O expositor, diante de uma audiência que se conta nos dedos, tenta não se influenciar por isto e faz seu trabalho da melhor maneira possível. O que chama atenção, todavia, é a postura do dirigente diante daquela situação. Nestes vinte anos de palestras do litoral ao sertão, já ouvi todo tipo de explicação ou de falta de explicação que permite percebermos a existência de três grupos básicos de comportamentos.

O primeiro grupo é exatamente o da “explicação zero”. O dirigente simplesmente não toca no assunto e faz as honras da casa, a abertura da reunião e toda sequência do trabalho como se o salão estivesse cheio. Agradece pela presença e vai pra casa satisfeito. Se perguntado a respeito responde que é assim mesmo e muda de assunto.

Outros dirigentes não disfarçam o constrangimento diante da presença de um “palestrante de fora” e tocam no assunto apresentando explicações, das quais nascem os outros dois grupos.

O primeiro é o das explicações circunstanciais, relacionadas a uma situação casual, fortuita, que explica a ausência do público naquele dia. É o último capítulo da novela, é um evento na cidade, é o feriadão e outras explicações acidentais externas à instituição. Difícil pra este grupo é explicar a “coincidência” do público pequeno toda vez que se volta ali...

O outro grupo das explicações é o que sempre culpa o desinteresse do público. Aborrecido, comenta do desinteresse das pessoas pelas coisas sérias, reclama que o mundo está de cabeça para baixo e que as pessoas perderam a referência e preferem valorizar outras coisas a estar ali na palestra.

Com certa raiva comentam: as pessoas preferem estar na praia, no barzinho, no shopping, na viagem ou no churrasco com a família do que vir ao Centro Espírita. E ameaça: depois, quando vem a dor... aí sabem nos procurar...

Não sei se você notou que apesar das diferenças dos três tipos eles tem em comum o fato de que a explicação, a causa da baixa freqûencia é sempre externa à instituição, está sempre fora do Centro Espírita.

Pessoalmente não lembro de já ter ouvido uma explicação ou mesmo uma suspeita na cabeça dos dirigentes de que o problema poderia estar na gestão da instituição. Não há autocrítica, não se avalia a oferta, só a demanda.

Não quero, nem teria condições de apresentar aqui nenhum tipo de diagnóstico, embora tenha minha leitura de algumas situações que, claramente não contribuem para aumentar a procura pelo Centro Espírita.

Temos na Doutrina Espírita uma mensagem, um conteúdo absolutamente rico, inovador e Se a instituição não faz nenhum tipo de avaliação a respeito de suas atividades, não vai conseguir ir além das desculpas genéricas ou das reclamações sem fundamento. Se os dirigentes não questionam a qualidade do que se está oferecendo nas diversas atividades da instituição, nunca terá certeza quanto às possíveis causas da ausência do público.

Por isso mesmo vale a pena se perguntar:

Nossa instituição é confortável? As instalações são agradáveis e os ambientes são salubres, sem umidade e sem sujeira? Nossa iluminação é adequada? As cores são atrativas? Enfim, temos um ambiente físico aconchegante que dá vontade de voltar?

Somos um grupo hospitaleiro? Os voluntários da instituição estão preparados para receber as pessoas com gentileza e disponibilidade? Como gestores, temos algum tipo de planejamento para melhorar esta receptividade?

E a qualidade das nossas reuniões doutrinárias? Os expositores estão bem preparados? Cultivam o hábito do estudo e da leitura? Tem um bom nível de conhecimentos gerais que permitam fazer relações com o conhecimento espírita? Usamos recursos multimídia nas exposições? Trata-se de temas interessante? Há algum tipo de interatividade com o público?

Os serviços oferecidos pela instituição à comunidade (grupos de estudo, atividades assistenciais, biblioteca, livraria, atendimento individual, etc) apresentam bons resultados? As pessoas estão satisfeitas com estes resultados? Quem e quantas pessoas sentiriam falta destes serviços caso fossem interrompidos?

Temos uma missão institucional? Além da missão fundamental de propagação dos princípios doutrinários de todo Centro Espírita, temos clareza de nosso papel como instituição socialmente inserida no cotidiano de uma comunidade, de um município, de um Estado e de um país?

Estabelecemos algum tipo de parceria com projetos, programas ou políticas públicas voltados à questões sociais, ambientais e de desenvolvimento sustentável? Integramos algum tipo de rede social ou parceria com outras organizações do terceiro setor?

Nossa instituição tem procurado integrar-se às linguagens e tecnologias disponíveis atualmente com a Internet como, por exemplo, sites, email, blogs, chats, grupos de discussão e outros?

Estas perguntas talvez possam ajudar a iniciar um trabalho de autocrítica, de avaliação “para dentro”, cujo objetivo seja identificar onde estamos falhando, onde podemos melhorar para que nossas instituições sejam mais atrativas, mais aconchegantes e, principalmente, mais necessárias à qualidade de vida das pessoas.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PROCURA-SE UM CENTRO ESPIRITA

Que não fique só nos bazares, sopas , ou filando o já minguado soldo da maioria de seus trabalhadores, mas que criem  meios de prover a sua auto-suficiência, apesar da transpiração provocada pelo trabalho, e que logo desanima aos que se acostumaram a pedir.

-Que não discrimine, nem se envergonhe de assumir publicamente certos estereótipos de espíritos como os Pretos Velhos.

-•Que não aponte o dedo ao assistido e nem  fale em voz alta que está obsidiado na roda mediúnica e tenha discrição e ética no atendimento;

-Que não se sinta um dos donos do espiritismo;

Que trabalhe no nível das idéias, sabendo discordar e aceitando discordantes sem desprezá-los, expulsá-los e excomungá-los (inquisição dogmática espírita);

-Que não trate suas vivências pessoais como verdades absolutas irrefutáveis;

-•Que não sejam como os evangélicos e católicos e ainda outros dogmáticos repetindo seus comportamentos de forma sutil,
-•Que estude mais e e transfira menos, suas culpas e fracassos aos seus trabalhadores, e que não exijam deles mais do que podem fazer, causando desarmonia em seus lares.

-Que as verdades absolutas  não procedam de um só espírito, ao arrepio da codificação.

-Onde as verdades sejam ditas e os erros sejam assumidos, olhando olho no olho, sem precisar-se amordaçar a quem quer que seja, na tentativa vã de  escamotear suas culpas.

- E principalmente, que admita a possibilidade de que outras pessoas tambem possam ser assistida por um mentor e por uma horientação espiritual, que deve ser no mínimo estudada, porém jamais ignorada.

Para trabalhadores que não se prendem ao que já são, e procuram o aperfeiçoamento saudável com amor e maturidade na jornada espiritual. Conscientes de que estão sempre aprendendo.que, peguem os "livros", o "caderno" e a "caneta" e estudem com a mente desbloqueada para novos e inesperados conhecimentos e experiências.









quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PEDRAS DE TROPEÇO

"todos aqueles que contribuirem para o desenvolvimento espiritual de um irmão, serão reconhecídos em toda e qualquer dimensão, porém os que dificultarem, truncarem ou demotivarem, serão responsabilizados pela ação.  (um espírito amigo)
Iniciamos este estudo buscando compreender o que é o escândalo, Em nota de rodapé do Evangelho Segundo o Espiritismo, edição da FEB, onde encontramos a seguinte observação:

Nas traduções mais recentes e mais fiéis da Bíblia, a palavra escândalo está expressa por tropeço (na tradução em Esperanto falilo), querendo significar que Jesus se referia a tudo o que leva o homem à queda: o mau exemplo, princípios falsos, abuso do poder, etc.

No sentido moderno, escândalo apenas representa a exposição pública de ato indecoroso, fazendo com que a imagem de quem cometeu tal ato seja manchada e sua reputação ante a sociedade caia em declínio. Todavia, se apreciarmos o sentido evangélico da palavra, ou seja, o sentido que Jesus quis lhe dar, vemos que a repercussão pública, a exposição do “erro” não é necessária. Escândalo, então, assume a conotação de tudo que é consequência efetiva do mal praticado. Mesmo abafado, escondido, camuflado, ele não deixa de ter repercussão ante as Leis Divinas, disparando o mecanismo de causa e efeito.

Vamos exemplificar este escândalo. Um homem distinto, considerado de boa reputação comete um crime, um assassinato, por exemplo. Entretanto, este crime nunca é resolvido, ele nunca se faz exposto. Deixou de ter existido o crime? Não! O escândalo se fez! O mal efetivou-se! A ocultação do crime não torna este homem menos responsável pelo acontecido. Da mesma forma dá-se com qualquer ato que resulte no sofrimento alheio.

Jesus disse: é necessário que haja o escândalo! Vimos que o escândalo nada mais é do que o tropeço, o erro, uma ação má. Se pensarmos que fomos criados simples e ignorantes e que o mal nada mais é que o fruto desta ignorância, ou seja, o mal é resultado direto de nossa imperfeição, compreenderemos que, com propriedade, Jesus colocou-nos apenas em nossa condição de seres em evolução, onde agir de forma desarmônica com as leis Divinas expressa, na verdade, o livre arbítrio que nos foi dado para traçar o próprio caminho, sendo que, o ponto final, o destino, é o mesmo para todos: alcançar a perfeição.

Naturalmente, se somos livres para escolher, nossas escolhas vão variar de acordo com a realidade evolutiva de cada um. Quando optamos pelo mal é porque aquele caminho nos parece o mais correto naquele momento. A visão curta da imperfeição nos leva a escolher a porta larga, pois, aparentemente é a certa. É a que nos oferece menos sacrifício à primeira instância. Criamos mecanismos de justificativa para aquela tomada de decisão, obviamente baseados naquilo que nos é conveniente, sempre nos dando razão.

Pensamos assim: eu não tenho dinheiro... ele tem de sobra... vou roubar, ora! Quem não tem uma justificativa para seus erros? E elas fazem parte do quanto conseguimos enxergar do mundo, das relações humanas, de nós mesmos, etc. Quem disse que errar é humano foi muito feliz! Realmente. Errar é humano, faz parte de nossas escolhas, do uso do livre arbítrio. Permanecer no erro é burrice, diz o complemento da frase, dado por alguns. Permanecer no erro é estagnar no caminho, é mostrar-se ainda cego à verdade. É afirmar a própria ignorância.

Jesus também deu complemento à sua frase: Mas, ai daquele por quem venha o escândalo! Jesus, nosso querido amigo, veio-nos ensinar e mostrar a possibilidade da prática. Tem em seu coração uma enorme compaixão por todos nós, fruto de seu imenso amor. Quando penso em Jesus proferindo estas palavras, não o vejo usando-se de tom ameaçador, como muitos de nossos dirigentes  faziam ou fazem conosco. Quem de nós não treme quando ouve mentalmente um: mas ai de você!!!! Imediatamente vem-nos a idéia de punição, de sofrimento em retorno ao que se fez! Não vejo este tom em Jesus. Creio que este “ai” venha como lamento, entristecimento de sua parte por saber que ainda tropeçamos e não entendemos. Minha visão poética do tom, se me permitem!

Jesus nos diz, ai daquele por quem venha o escândalo! Ai daquele que tropeça ainda em sua própria ignorância. Ele sabe da inevitável necessidade de erguermo-nos após a queda. Sabe que serão necessários alguns meios para despertarmos. Sabe que, muitas vezes, para compreendermos que aquilo que fizemos ao nosso próximo gera sofrimento e dor, precisamos vivenciar esta dor, senti-la em nosso peito, na tentativa de nos fazer acordar e continuar a caminhada. Não há neste sentido punição ao erro e sim tentativa de despertar, derrubar as justificativas que construímos em torno de nós mesmos, mostrar-nos que, o que antes parecia o mais certo a fazer não passava de pura ilusão.

Ainda em sequência, Jesus mostra-nos como nos livrarmos deste mal, do escândalo, das más tendências, que Kardec afirma precisarmos eliminar a fim de sermos bons. Se vossa mão é causa de escândalo, cortai-a. Esta figura de linguagem forte, enérgica, traz proposta de reforma. Cada um de nós deve, ao longo da vida, procurar eliminar de si próprio toda e qualquer causa de escândalo. Arrancar as raízes dos vícios que nos cegam e estagnam na ignorância. A reforma íntima exige de nós esta atitude enérgica, esta luta contra nossa ignorância, mãe de todos os males. Exige que tenhamos visão clara de nós mesmos, pelo uso do autoconhecimento, e que nos libertemos de tudo que nos pesa na bagagem: o egoísmo, o orgulho, a intolerância. Somos a expressão do que vai dentro de nós. Dessas expressões nasce o escândalo. Cortar a mão significa fechar o canal de expressão que acaba por ferir o próximo. Eliminar o que, em nossas vidas, leva-nos a cair.

Kardec orientou-nos rumo ao amor e à instrução. Sua célebre frase faz uma releitura dos maiores ensinamentos de Jesus: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo, este o maior. E outro fundamental a meu ver: conhece a verdade e ela te libertará! Precisamos estar alertas de que a limpeza de nossos corações está diretamente relacionada ao remexer do solo, à remoção das ervas daninhas. O preparo deste solo, areando-o com amor e sabedoria, deixando o sol, que é o amor do Pai, penetrar-lhe o íntimo, espantando a escuridão. E, então, seremos terreno fértil, onde as sementes Divinas brotarão e darão frutos.

Não há necessidade de de temer-mos encarar publicamente os nossos erros, eles fazem parte da nossa longa estrada evolutiva nem de fazer-mos valer a nossa força para amordaças nossos semelhantes, esta não é e nunca foi a pratica do modelo maior da humanidade, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

P.Moryah